A Biblioteca à Noite
Atribuímos às bibliotecas certas qualidades de nossas esperanças e pesadelos; acreditamos compreender bibliotecas evocadas de entre as sombras; imaginamos livros que deveriam existir para o nosso deleite e nos entregamos à tarefa de inventá-los sem temor à imprecisão ou à tolice, à cãibra ou ao ‘branco’, às limitações do tempo e do espaço. Os livros sonhados por contadores de histórias sem peias compõe uma biblioteca bem mais vasta do que aquelas nascida da invenção da imprensa; talvez porque o reino dos livros imaginários permita a existência possível de um livro, ainda não escrito, que escape a todos os erros e imperfeições a que estamos condenados. No escuro, sob minhas duas árvores, meus amigos e eu acrescentamos desavergonhadamente aos catálogos de Alexandria estantes inteiras de volumes perfeiros que desaparecem sem deixar vestígios ao raiar do dia”.
. Alberto Manguel . / Companhia das Letras – 262 págs /
Mais um para a minha pequena lista dos *Eu quero* (rs). Mais informações sobre o livro: Porque ler “A Biblioteca à Noite”?