Atribuímos às bibliotecas certas qualidades de nossas esperanças e pesadelos; acreditamos compreender bibliotecas evocadas de entre as sombras; imaginamos livros que deveriam existir para o nosso deleite e nos entregamos à tarefa de inventá-los sem temor à imprecisão ou à tolice, à cãibra ou ao ‘branco’, às limitações do tempo e do espaço. Os livros sonhados por contadores de histórias sem peias compõe uma biblioteca bem mais vasta do que aquelas nascida da invenção da imprensa; talvez porque o reino dos livros imaginários permita a existência possível de um livro, ainda não escrito, que escape a todos os erros e imperfeições a que estamos condenados. No escuro, sob minhas duas árvores, meus amigos e eu acrescentamos desavergonhadamente aos catálogos de Alexandria estantes inteiras de volumes perfeiros que desaparecem sem deixar vestígios ao raiar do dia”.
. Alberto Manguel . / Companhia das Letras – 262 págs /
Mais um para a minha pequena lista dos *Eu quero* (rs). Mais informações sobre o livro: Porque ler “A Biblioteca à Noite”?
Grand leitora incondicional ! Já começou a ler o tio Justus rs,…brincadeira pode ficar o tempo que quiser mas quando começar não vai querer parar !
beijos
gostei da capa também.
Eu não lembrava qual livro vc tinha ganhado… e reparei que o livro que achei interessante é o primeiro da sua lista!
Achei um trechinho dele, e realmente, é a sua cara! Afinal, todo livro que fala de bibliotecas e livros tem a sua cara… rs…
“Ao acordar, meu primeiro impulso foi contar sobre a existência do Cemitério dos Livros Esquecidos ao meu melhor amigo. (…) Sonhando acordado, eu imaginava meu amigo Tomás e eu munidos de lanternas e bússola, prestes a desvendar os segredos daquela catacumba bibliográfica.”
| Carlos Ruiz Zafón in “A Sombra do Vento” |