Ser Humano

Não sei sentir, não sei ser humano, não sei conviver de dentro da alma triste, com os homens, meus irmãos na terra.
Não sei ser útil, mesmo sentindo ser prático, cotidiano, nítido.
Vi todas as coisas e maravilhei-me de tudo.
Mas tudo ou sobrou ou foi pouco, não sei qual, e eu sofri.
Eu vivi todas as emoções, todos os pensamentos, todos os gestos.
E fiquei triste como se tivesse querido vivê-los e não conseguisse.
Amei e odiei como toda gente.
Mas para toda gente isso foi normal e institivo.
Para mim sempre foi a exceção, o choque, a válvula, o espasmo.
Não sei se a vida é pouca ou demais para mim.
Não sei se sinto demais ou de menos.
Seja como for a vida, de tão interessante que é a todos os momentos, a vida chega a doer, a enjoar, a cortar, a roçar, a ranger, a dar vontade de dar pulos, de ficar no chão, de sair para fora de todas as casas, de todas as lógicas, de todas as sacadas e ir ser servalgens entre árvores e esquecimentos
“.

Álvaro de Campos .

Dificuldade

Estou tendo dificuldades para ler A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Zafón. Tenho a sensação de que leio tanto e no entanto não saio do lugar, ou melhor, da página. Não é que a história é chata ou maçante, tampouco a maneira de escrever do autor é complexa. O fato é que o Livro, de verdade, é instigante, apaixonante e muito cheio de emoções. A maneira do autor descrever é belíssima e não entendo mesmo o fato de eu estar patinando nas páginas sem conseguir terminar. Gostaria de verdade de entender esse fênomeno, mas enquanto isso, vamos lendo.

Who Knew?

O clipe abaixo é sobre dois personagens (Matsumoto Rangiku e  Ichimaru Gin) de Bleach, uma série de mangá e anime criada por Tite Kubo. O Clipe é muito fofo e a música diz tudo sobre os dois!

♪  If someone said: “Three years from now
You’d be long gone.”
I’d stand up and punch them up
‘Cause they’re all wrong
I know better
‘Cause you said “forever and ever”
Who knew?
{…}I wish I could still call you friend
I’ll keep you locked in my head
Until we meet again
And I won’t forget you, my friend
What happened?  ♪

Mais informações: Bleach Project , Bleach.com.br , Bleach Portal

Faz de Conta

…faz de conta que ela nao estava chorando por dentro ─ pois agora mansamente, embora de olhos secos, o coração estava molhado“.

. Clarice Lispector in Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres .

Gostar

_Você gosta dele?
Ficamos nos olhando por um longo tempo em silêncio.
_Não sei. – murmurou ela por fim. _Não sei.
_Alguém disse uma vez que na hora em que se pára para pensar se gosta de alguém, já se deixou de gostar da pessoa para sempre.

. Carlos Ruiz Zafón in A Sombra do Vento .

Sobre mim

E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão.”

 . Mario Quintana .

Parecem caixas de cigarros…

mas sao livros de autores classicos!

 

 

A inglesa TankBooks publica livros que se parecem com caixas de cigarros – têm o mesmo tamanho, abrem da mesma maneira e sao embalados em celofane. A ideia surgiu com a proibiçao do consumo de cigarros em locais publicos na Inglaterra desde o inicio de julho – os livros sao uma homenagem ao design das embalagens de cigarro, que a empresa considera “objetos icones, conhecidos do publico e testados” – leia aqui. Os titulos publicados no formato sao classicos de autores como Joseph Conrad, Hemingway, Kafka, Tolstoy, Rudyard Kipling e Robert Louis Stevenson. Estao à venda em livrarias.

Fonte: Blue Bus

Vandalismo

Meu coração tem catedrais imensas,
Templos de priscas e longínquas datas,
Onde um nume de amor, em serenatas,
Canta a aleluia virginal das crenças.
Na ogiva fúlgida e nas colunatas
Vertem lustrais irradiações intensas
Cintilações de lâmpadas suspensas
E as ametistas e os florões e as pratas.

Como os velhos Templários medievais
Entrei um dia nessas catedrais
E nesses templos claros e risonhos …

E erguendo os gládios e brandindo as hastas,
No desespero dos iconoclastas
Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!”

. Augusto dos Anjos .