Sofrimento
Roubei daqui.
Quem não quiser sofrer que se isole. Feche as portas da sua alma quanto possível à luz do convívio”
. Fernando Pessoa in Pantaleão .
Roubei daqui.
Quem não quiser sofrer que se isole. Feche as portas da sua alma quanto possível à luz do convívio”
. Fernando Pessoa in Pantaleão .
Em 29 de Setembro completamos 100 anos sem Machado. A melhor homenagem é ler ou reler a obra genial do escritor, que encarou o público como fator fundamental para a produção literária no País.
Hélio De Seixas Guimaraes
A escrita, ou a arte, para ser mais abrangente, cumpre funções que mais nenhuma área consegue cumprir. (…) Sinto que há poucas experiências tão interessantes como quando se lê um livro e se percebe “já senti isto, mas nunca o tinha visto escrito”, procurar isso, ou procurar escrever textos que façam sentir isso, é uma das minhas buscas permanentes. Trata-se de ordenar, de esquematizar, não só sentimentos como ideias que temos de uma forma vaga mas que entendemos melhor quando os vemos em palavras. Trata-se também de construir empatia: através da leitura temos oportunidade de estar na pele de outras pessoas e de sentir coisas que não fazem parte da nossa vida, mas que no momento em que lemos conseguimos perceber como é. E isso faz-nos ser mais humanos. Na leitura e na escrita encontramo-nos todos naquilo que temos de mais humano”
. José Luís Peixoto .
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus — ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não”. Manoel Bandeira in Meus Poemas Preferidos .
Por Julia Reina
onde
Centro Cultural São Paulo, Rua Vergueiro, 100 – Paraíso
quando
das 10h às 22h até 28.09
quanto
o seu consumismo por cultura permitir
A primavera começou na segunda-feira, e o clima de cultura e diversidade anda florescendo por aqui. Prova disto é a edição da tradicional “Primavera do Livro”, que começa hoje e tem como mote inclusão de diversidades. Cerca de 30 mil pessoas de todos os gêneros, raças e orientações passarão pelos stands do CCSP aonde entrarão em contato com escritores, editores e intelectuais, e ainda poderão participar de duas mesas redondas, que discutirão tolerância e diversidade. Para ler, ouvir, discutir, e porquê não, levar os pimpolhos!
Fonte: B.Coolt n.52
Roubei daqui.
Isto não é um lamento, é um grito de ave de rapina. Irisada e intranqüila. O beijo no rosto morto. Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida. Viver é uma espécie de loucura que a morte faz. Vivam os mortos porque neles vivemos.
De repente as coisas não precisam fazer sentido. Satisfaço-me em ser. Tu és? Tenho certeza que sim. O não sentido das coisas me faz ter um sorriso de complacência. De certo tudo deve estar sendo o que é.
Hoje está um dia de nada. Hoje é zero na hora. Existe por acaso um número que não é nada? que é menos que zero? que começa no que nunca começou porque sempre era? e era antes de sempre? Ligo-me a esta ausência vital e rejuvenesço-me todo, ao mesmo tempo contido e total. Redondo sem início e sem fim. eu sou o ponto antes do zero e do ponto final. Do zero ao infinito vou caminhando sem parar. Mas ao mesmo tempo tudo é fugaz. Eu sempre fui e imediatamente não era mais. O dia corre lá fora à toa e há abismos de silêncios dentro de mim. A sombra de minha alma é o corpo. O corpo é a sombra de minha alma. Sou feliz na hora errada. Infeliz quando todos dançam. Me disseram que os aleijados se rejubilam assim como me disseram que os cegos se alegram. É que os infelizes se compensam. Nunca a vida foi tão atual como hoje: por um triz é o futuro”. Clarice Lispector in Um Sopro de Vida .
E eu me pergunto se viver não será essa espécie de ciranda de sentimentos que se sucedem e se sucedem e deixam sempre sede no fim”
. Caio Fernando Abreu in Limite Branco.
XII Desafio Incubadora Literária
Tema: Pecado
Período de Votação: 23/08 a 25/08
“Eu sinto saudades de você”, me permiti dizer outro dia, no meio de uma refeição solitária, à noite, em frente à TV. Disse baixinho, como se fosse um pecado…
E era. Quem inventou o pecado? E por que justamente aquele sentimento sufocado em meu peito tinha que ser um pecado? Uma lágrima se soltou dos cílios pesados e eu não quis erguer a mão para enxugá-la, porque sabia que esse gesto só traria outras mais.
Imóvel, com o coração latejante, permiti que sua presença invisível se apossasse de minha mente e de meu corpo. Simplesmente não pude impedir você, que mesmo estando tão longe e distante, surge tão forte. Sinto como se você segurasse minha mão vacilante, secasse a lágrima do meu rosto pálido com o polegar, me olhasse conhecendo-me como se estivesse dentro de mim. E eu mergulhando em seus olhos de mel, chá e biscoitos de leite, numa tarde resplandecente em que nada disso fosse, de fato, um pecado mortal.
Imaginei seus braços rodeando meu corpo, puxando-me para mais perto, encostando nossos corações, já unidos pelas batidas ritmadas de culpa e de amor. E seus lábios encostariam displicentes em meu ombro, quando você deitasse seu rosto sobre ele. E seus cabelos de tons claros roçariam meu rosto, trazendo seu perfume para mais perto, me entorpecendo, me fazendo suspirar e escorregar mais para dentro do seu abraço. E eu desejaria que fosse mentira aquele pecado que nos aquecia a pele, e que não fossem reais aqueles laços que nos uniam de uma forma tão cruel: juntos para sempre, separados para sempre.
Eu não tinha mais qualquer poder sobre meus pensamentos quando imaginei uma vida juntos, distante daquele mundo que nos condenava: uma casa singela, grama verde, flores e, quem sabe, duas crianças correndo pela casa, com seus risos ecoando entres os lindos raios de sol adentrando a janela. Você, sentado no sofá com aquele sorriso todo seu, me puxaria para seu colo e encostaria seus lábios macios nos meus, num beijo sem culpa, sem peso, sem dor. Só o amor nos cercando por todos os lados.
Mas então, quando dei por mim, era tarde demais para amainar a dor. Me vi sozinha na sala, de novo, o rosto molhado de lágrimas, o coração repleto de vazio, medo e culpa. Onde você está nesse momento? Será que pensa em mim também? Essa distância e ausência doí tanto, como se uma parte de mim tivesse sido levada pra longe.
Num impulso, levantei-me, revoltada contra aquele mundo hipócrita e cheio de imposições. Não me lembrei do prato no colo e o vidro estilhaçou no chão em trezentos e trinta e sete pedaços. Em trezentos e trinta e sete pedaços também estava o meu coração. Abaixei para recolher os cacos, cortando-me acidentalmente. Fiquei imóvel, observando o sangue escorrer por minha mão e pingar no chão claro da sala. Aquela comunhão entre plaquetas, glóbulos vermelhos e brancos que desde sempre designaram meu destino, minha sentença cruel.
Aquele mesmo sangue, idêntico, que corre por suas veias também. Esse é o meu pecado mortal: o amor. E por isso doí tanto. Como o amor pode ser um pecado? E é. Isso nunca mudará, como jamais mudará a composição de meu sangue, como jamais mudará o meu amor por você, o meu irmão.
{ Lyani } 10/09/2008
Inspirado no Mangá Angel Sanctuary de Kaori Yuki
Revisado por Lu Oliveira
Esta obra está licenciada sob uma Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Brasil License.
Vi no blog Retrato e resolvi postar:
♥ Quatro empregos que eu já tive:
Secretária, Bibliotecária, Arquivista e Assistente de Centro de Informação.
♥ Quatro filmes que eu assisto sempre que passam:
O Morro dos Ventos Uivantes, O Jardineiro Fiel, O Fantasma da Ópera, A Casa dos Espíritos
♥ Quatro lugares que eu já morei:
Guarulhos – SP, Itabirito – MG, Jacareí – SP e Campinas – SP
♥ Quatro programas de TV que eu gosto:
Lost – AXN, House M.D. – Universal, The Big Bang Theory – Warner, Desperate Housewives – Sony
♥ Quatro pessas que me mandam e-mail regularmente:
Priscilla, Flávia, Ricardo, Lucieide
♥ Quatro coisas que faço todo dia sem falta:
Blogar, Ler, Ouvir música, Assistir seriados
♥ Quatro comidas favoritas:
Hamburger caseiro (feito pelo marido), Macarrão com ovos (também feito pelo marido), Arroz com Suan (feito pela mamãe), Tutu de Feijão (feito pela vovó)
♥ Quatro lugares onde eu gostaria de estar:
Ilha Grande – Angra dos Reis, Fernando de Noronha, Vancouver – Canadá, Paris – França
♥ Duas pessoas que eu desafio a postar isso:
Vou fazer como a Sandra e deixar livre pra quem quiser fazer
=D
♪ Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu ♪. Chico Buarque de Holanda .