A escrita é o desconhecido. Antes de escrever não sabemos nada acerca do que vamos escrever. Com toda a lucidez. É o desconhecido de nós mesmos, da nossa cabeça, do nosso corpo. Não é sequer uma reflexão, escrever é uma espécie de faculdade que temos ao lado da nossa pessoa, paralelamente a ela, de uma outra pessoa que aparece e que avança, invisível, dotada de pensamento, de cólera, e que, por vezes, pelos seus próprios factos, está em perigo de perder a vida. Se soubéssemos alguma coisa do que vamos escrever, antes de o fazer, antes de escrever, nunca escreveríamos. Não valeria a pena. Escrever é tentar saber aquilo que escreveríamos se escrevêssemos – só o sabemos depois – antes, é a interrogação mais perigosa que nos podemos fazer. Mas é também a mais corrente”
. Marguerite Duras in Escrever .
Você sabe que acredito realmente nisso.
Afinal muitas das coisas que escrevo, acabo fazendo de uma forma tão instintiva e fora de mim, que sequer me lembro que o fiz.
Aí às vezes acabo me surpreendendo com o que está no papel. Não por estar muito bom, não. Mas por aquele sentimento ter saído de mim tão naturalmente a ponto de não me lembrar das palavras depois.
Bjos
é quase… psicografar! rs
ah… escrever…
arte que só flui quando não se quer…e é aí que se diferencia as obras de arte…
bjs…
Concordo. É exatamente assim.
Além de ser também outras coisas…
Um beijo.
Escrever dá um prazer danado, principalmente quando falta algum tipo de inspiração ou vontade mesmo.
Bjos.