Roubei daqui
{…} mas hoje não…
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico…
Esta espécie de alma…
Só depois de amanhã…”. Álvaro de Campos in Poemas .
Bom gosto na escolha.
Esse poema em poucas palavras traduz,
uma dor nostalgica de não querer nada…Apenas permitir-se de ficar ali e não querer o nada…
Ah! Fernando Pessoa “o cansaço antecipado e infinito”
Adoro esse verso. Adoro Pessoa…
Comigo funciona ao contrario. Se não for hoje não é mais.
Bjo.
Tempo bom ele se dava.. hoje não… só depois de amanhã.
O dia do meio seria o dia do poema, das leituras, das ruas sem compromisso.
Beijo.
Cara,
Bela lembrança do poema de Pessoa. Quem já não teve dias em que “HOJE não”?
A diferença é que Pessoas tinha talento ímpar para falar deles. A maioria de nós emburra, murcha, ele fazia arte.
um ab