Parece que existe no cérebro uma zona específica, que poderíamos chamar memória poética, que registra o que nos encantou, o que nos comoveu, o que dá beleza à nossa vida. Desde que Tomas conhecera Tereza, nenhuma outra mulher tinha o direito de deixar a marca, por efêmera que fosse, nessa zona de seu cérebro. Tereza ocupava como déspota sua memória poética e dela varrera todos os traços das outras mulheres. {…} O amor começa por uma metáfora. Ou melhor: o amor começa no momento em que uma mulher se inscreve com uma palavra em nossa memória poética.”
. Milan Kundera in A Insustentável Leveza do Ser .
Já li esse livro, é incrivelmente lindo e maravilhosamente profundo. Esse livro marcou muito uma fase da minha vida. Adorei!
Lindo… quero ler esse livro! Como pude viver 20 anos sem lÊ-lo??
Nossa que coisa louca, estávamos falando desse livro hoje no almoço.
Lindas palavras e o sentido delas no contexto então parecem mais fantásticos ainda.
ÓTIMO post.
Beijinhos
LC
E depois de ler o livro, estou ontem e hoje apreciando o filme… tão bom quanto o livro! Mas ainda, o livro é melhor! =D
Também estou lendo esse livro!
é perfeito, não é?!
Beijos
Poucos escritores conseguiram converter seus conhecimentos da ciência de Freud em linguagem lúdica com tanta competência como Kundera. Particularmente, minha memória poética é bastante expansiva.
BEIJOS e cumprimentos pelo espaço!
HUmmmm, deu vontade de ler…
Seus posts sempre encantadores…
Beijos
nao nos parece que temos uma área específica e sim nós realmente temos !! conselho de uma psicóloga 🙂
bejoos
Esse livro é bárbaro, Ly. Um dos mais fortes que li. Lembro das cenas do filme, fantásticas. Vale a pena assistir depois de ler..
O amor é metáfora sempre. Como Kundera consegue dizer tão profundamente numa frase aparentemente simples? Quase que deixado, ali, na porta…
“Amores risíveis”, tb do Kundera, diz que não os homens, mas a natureza deles, é a mesma.
Caçadores em busca da disponibilidade para “algum dia”. Será?:)
beijos
Acho tudo isso muito bonito, mas será que existe mesmo?
Não que eu seja defensora da frase ‘homem é tudo igual’. Pelo contrário, acho que esse tipo de generalização é muito injusta. Mas, sei lá, pensar que uma mulher pode tomar dessa forma a memória de um homem, mesmo que seja a poética, deve ser bem raro. Assim, BEM raro. Rsrs
Beijo!
Trecho lindo. Sou apaixonada por este termo: ‘memória poética’. Isso é meu viver!!!
Beijos, Ly ^^
isso é LINDO!
beijos e bom finla de semana!