Selo & Troféu

Este recebi da Lunna do Acqua:

A única regra, é repassar a 5 blogs, então:

E este recebi da Sil do Unitas Multiplex:

As Regras:

1. Recebendo o troféu, ele deve ser oferecido a 10 blogs que tenham compromisso e afecto com a Educação e leituras;
2- A imagem do selo deve passar a ser exibida permanentemente no blog;
3- O nomeado deve colocar um link para o blog de onde a nomeação foi atribuída;
4- Nos blogs seleccionados, deve ser deixado um comentário, permitindo assim que eles saibam que foram presenteados e quem os presenteou;
5- O blog que receber 5 vezes o troféu “Pedagogia do Afecto” deve ir à página http://pedagogiadoafeto.blogspot.com/ e deixar um comentário com o e-mail, para receber uma nova homenagem.

Os blogs ao qual ofereço o troféu são:

🙂

Familiaridade

Só Esmeralda não chorava. Em vez disso, exibia aquele olhar vazio que os brancos tomam erradamente por rudeza ou indiferença. Woodrow sabia que não era nenhuma das duas coisas.  Era familiaridade. É disto que a vida real é feita, dizia. Isto é dor e ódio e gente cortada em pedaços até morrer. Este é o cotidiano que nós conhecemos desde o dia do nascimento e vocês uazungus não conhecem”

. John Le Carrè in O Jardineiro Fiel .

100.000 visitas

Nunca fui ligada à números. Não me importo com a quantidade de amigos no orkut, ou a quantidade de comentários nos meus posts (contanto que tenha ao menos um, rs), ou quantas visitas recebo por dia. Nunca me importei de verdade com isso. São só números. O que sempre importou pra mim é a qualidade de quem vem até aqui, de quem lê  e compreende os posts e compartilha da mesma paixão pelas palavras, pelos livros, pela vida. Isso é que faz toda a diferença. Mas, eu não podia deixar esse número aí do título passar em branco. São 100.000 visitas e eu fico feliz de saber que as citações que escolho e as poucas palavras que são realmente minhas agradam alguém, que transmitem emoção, que encontram um outro coração aberto a essas sensações. Isso é muito importante pra mim e por isso é que fiz um presente. Sim, um presente, porque as visitas são minhas mas quem merece ganhar um presente são todos vocês que estão aqui dia a dia me acompanhando.

É um presente singelo mas feito de coração. E é pra você e você e você que está lendo esse post agora. Que me visita as vezes, sempre, todo dia. Porque se eu cheguei a essa marca de visitas é graças a você, a todos vocês!!!

OBRIGADA 🙂

Uma Tese é uma Tese

Sabe tese, de faculdade? Aquela que defendem? Com unhas e dentes? É dessa tese que eu estou falando. Você deve conhecer pelo menos uma pessoa que já defendeu uma tese. Ou esteja defendendo. Sim, uma tese é defendida. Ela é feita para ser atacada pela banca, que são aquelas pessoas que gostam de botar banca.
As teses são todas maravilhosas. Em tese. Você acompanha uma pessoa meses, anos, séculos, defendendo uma tese. Palpitantes assuntos. Tem tese que não acaba nunca, que acompanha o elemento para a velhice. Tem até teses pós-morte.
O mais interessante na tese é que, quando nos contam, são maravilhosas, intrigantes. A gente fica curiosa, acompanha o sofrimento do autor, anos a fio. Aí ele publica, te dá uma cópia e é sempre – sempre – uma decepção. Em tese. Impossível ler uma tese de cabo a rabo.
São chatíssimas. É uma pena que essas teses sejam escritas apenas para o julgamento da banca circunspecta, sisuda e compenetrada em si mesma. E nós?
Sim, porque os assuntos, já disse, são maravilhosos, cativantes, as pessoas são inteligentíssimas. Temas do arco-da-velha. Mas toda tese fica no rodapé da história. Pra que tanto sic e tanto apud? Sic me lembra o Pasquim e apud não parece candidato do PFL para vereador? Apud Neto.
Escrever uma tese é quase um voto de pobreza que a pessoa se autodecreta. O mundo pára, o dinheiro entra apertado, os filhos são abandonados, o marido que se vire. Estou acabando a tese. Essa frase significa que a pessoa vai sair do mundo. Não por alguns dias, mas anos. Tem gente que nunca mais volta.
E, depois de terminada a tese, tem a revisão da tese, depois tem a defesa da tese. E, depois da defesa, tem a publicação. E, é claro, intelectual que se preze, logo em seguida embarca noutra tese. São os profissionais, em tese. O pior é quando convidam a gente para assistir à defesa. Meu Deus, que sono. Não em tese, na prática mesmo.
Orientados e orientandos (que nomes atuais!) são unânimes em afirmar que toda tese tem de ser – tem de ser! – daquele jeito. É pra não entender, mesmo, assumem essa confissão. Tem de ser formatada assim. Que na Sorbonne é assim, que em Coimbra também. Na Sorbonne, desde 1257. Em Coimbra, mais moderna, desde 1290.
Em tese (e na prática) são 700 anos de muita tese e pouca prática.
Acho que, nas teses, tinha de ter uma norma em que, além da tese, o elemento teria de fazer também uma tesão (tese grande). Ou seja, uma versão para nós, pobres teóricos ignorantes que não votamos no Apud Neto.
Ou seja, o elemento (ou a elementa) passa a vida a estudar um assunto que nos interessa e nada. Pra quê? Pra virar mestre, doutor? E daí? Se ele estudou tanto aquilo, acho impossível que ele não queira que a gente saiba a que conclusões chegou. Mas jamais saberemos onde fica o bicho da goiaba quando não é tempo de goiaba. No bolso do Apud Neto?
Tem gente que vai para os Estados Unidos, para a Europa, para terminar a tese. Vão lá nas fontes. Descobrem maravilhas. E a gente não fica sabendo de nada. Só aqueles sisudos da banca. E o cara dá logo um dez com louvor. Louvor para quem? Que exaltação, que encômio é isso?
E tem mais: as bolsas para os que defendem as teses são uma pobreza.
Tem viagens, compra de livros caros, horas na internet da vida, separações, pensão para os filhos que a mulher levou embora. É, defender uma tese é mesmo um voto de pobreza, já dizia São Francisco de Assis. Em tese.
Tenho um casal de amigos que uns dez anos prepara suas teses. Cada um, uma. Dia desses a filha, de dez anos, no café da manhã, ameaçou:
– Não vou mais estudar! Não vou mais na escola!
Os dois pararam – momentaneamente – de pensar nas teses.
– O quê? Pirou?
– Quero estudar mais, não. Olha vocês dois. Não fazem mais nada na vida. É só a tese, a tese, a tese. Não pode comprar bicicleta por causa da tese. A gente não pode ir para a praia por causa da tese. Tudo é pra quando acabar a tese. Até trocar o pano do sofá. Se eu estudar vou acabar numa tese. Quero estudar mais, não. Não me deixam nem mexer mais no computador. Vocês acham mesmo que eu vou deletar a tese de vocês?
Pensando bem, até que não é uma má idéia!
Quando é que alguém vai ter a prática idéia de escrever uma tese sobre a tese? Ou uma sobre a vida nos rodapés da história?
Acho que seria uma tesão.

Mário Prata in Cem Melhores Crônicas
originalmente publicada em 7/1998 – O Estado de S. Paulo

Presente: Selo “Olha que blog maneiro”

Este ganhei da Flávia:

As regras:

1- Exiba a imagem do selo “Olha Que Blog Maneiro”;
2- Poste o link do blog que te indicou;
3- Indique 10 blogs de sua preferência;
4- Avise seus indicados;
5- Publique as regras;
6- Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras;
7- Envie sua foto ou de um(a) amigo(a) para olhaquemaneiro@gmail.com juntamente com os 10 links dos blogs indicados para verificação. Caso os blogs tenham repassado o selo e as regras corretamente, dentro de alguns dias você receberá 1 caricatura em P&B.

E indico para:

🙂