A sala foi encolhendo sem parar, até que a menina que roubava livros pôde tocar nas estantes, a poucos passinhos de distância. Correu o dorso da mão pela primeira prateleira, ouvindo o arrastar de suas unhas deslizar pela espinha dorsal de cada livro. Soava como um instrumento, ou como as notas de pés em correria. Ela usou as duas mãos. Passou-as correndo. Uma estante encostada em outra. E riu. Sua voz se espalhava, aguçada na garganta, e quando ela enfim parou e ficou postada no meio do cômodo, passou vários minutos olhando das estantes para os dedos, e de novo para as prateleiras.
Em quanto livros tinha tocado?
Quantos havia sentido?
Andou até o começo e fez tudo de novo, dessa vez muito mais devagar, com a mão virada para frente, deixando a palma sentir o pequeno obstáculo de cada livro. Parecia magia, parecia beleza, enquanto as linhas vivas de luz brilhavam de um lustre. Em vários momentos, Liesel quase puxou um título do lugar, mas não se atreveu a perturbá-los. Eram perfeitos demais.
Markus Zusak in A menina que roubava livros
droga, todo ano eu perco o dia examto
parabens denovo, hehehe
Já disse que amei este livro? Sempre me revejo na pequena “ladra”…. também eu era capaz de roubar livros…. que obssessão que tenho por livros… minha mãe sempre diz que está ansiosa que eu me mude, para levar meus livros comigo que ocupam muito espaço 🙂 bom fim de semana
Ly!!!!!
Parabéns, sua profissão é nobre, digna, linda. È tudo!
Beijos
Ei, Lyane!
Deixei um selinho pra você lá no blog.. passe lá pra pegar!
Parabéns 🙂