TEMA: Ficção Científica
MÊS: Abril
Livro: I, Robot
Autor(a): Isaac Asimov
Editora: Bantam Books
Páginas: 272
Nota: 4
(sendo: 1- Não gostei 2- Gostei pouco; 3- Gostei; 4- Gostei bastante; 5– Adorei)
Começo esta resenha com a confissão de que eu estava esperando que a história do livro fosse a mesma do filme . Claro que, por ser o livro, imaginava que teria mais detalhes, algumas cenas novas que para o filme tivessem sido cortadas, enfim… O livro não tem absolutamente nada a ver com o filme. NADA mesmo!
De qualquer forma, isso não é ruim. Apesar de não ser como o filme (que eu amei!) o livro é ótimo! Primeiramente , ele foi publicado em 1950 e é considerado até hoje, e não à toa, um verdadeiro clássico da Ficção Científica. Por ter sido escrito há tantos anos atrás e ainda hoje parecer tão futurista, eu tiro meu chapéu para Asimov! Realmente a narrativa dele é impressionante e prende a atenção. Pelo menos a minha, já que, apesar de não ser como a maioria que hoje em dia é fanática por um vampiro, sou simplesmente apaixonada por robôs! Tenho facilidade incrivel de dar sentimentos a esse seres de “lata” e até então “sem sentimentos”. É extremamente simples pra mim me afeiçoar a esses personagens e neste livro não foi diferente.
Uma coisa interessante que li sobre este livro é que foi o primeiro a mostrar os robôs de uma forma mais sociável com os seres humanos, já que até então eram, em geral, criaturas más que sempre se voltavam contra seus criadores. É também neste livro que surgem as Três Leis da Robótica, tão famosas e fantásticas:
1. Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal;
2. Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei;
3. Um robô deve proteger a própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e a Segunda Leis.
Eu, Robô é um livro composto de 9 “contos” ou histórias que narram, sucessivamente, a evolução dos robôs. Cada conto narrando a história de um robô diferente e mais evoluído conforme passam-se os anos. O primeiro conto, “Robbie”, que se passa em 1998, conta a história de um robô babá mudo e sua “amizade” com a menina Gloria. Nem preciso dizer que me apaixonei por Robbie, afinal um robô super encantador e que conseguia demonstrar seus sentimentos através de gestos para a menina que tanto o respeitava.
Depois desse, me apaixonei por Cutie, o robô do terceiro conto “Razão” que se passa em 2015. Cutie é extremamente inteligente e começa a questionar seus criadores em relação à sua existência, já que era um novo modelo de robô cujas partes foram levadas para uma estação espacial lá foi montado. Sem conhecer a Terra, o mundo dele era a estação espacial e a lógica de seu cérebro positrônico é que apenas um ser mais elevado que ele próprio poderia ser o seu criador e por isso revogava a idéia de que seres humanos, inferiores a ele, pudessem tê-lo criado. Achei Cutie adorável (eu sei, é só um robô, mas eu adoro robôs) e seus questionamentos e respostas ágeis são simplesmente fantásticos! Adorei este conto e se tornou o meu favorito!
Outro conto ótimo, e mais um dos que me chamaram atenção, é o intitulado “Fuga” onde o super-computador robótico Cérebro, da empresa US Robôs, tem que resolver um problema que outro robô de empresa concorrente falhou e acabou quebrando. A quebra envolvia uma das Três Leis da Robótica e é interessantíssimo como a poderosa máquina consegue solucionar o problema.
Os últimos dois contos, “Prova” e “O Conflito Evitável” que se passam já em 2052, narram sobre os robôs modificando a vida econômica, política e social do planeta Terra. No primeiro conto, surge a suspeita de que um político é na verdade um robô e no último conto, que fecha o livro, é onde descobrimos que na prática os robôs governam a humanidade. O livro é realmente muito interessante e fantástico. Minha única dificuldade na leitura foi em relação ao inglês, que achei mais difícil que de outros livros que já tinha lido nesta lingua, talvez pela quantidade de palavras técnicas.
Ainda assim, em inglês ou português, a leitura é recomendada!
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Só vi o filme, mas pelas resenhas que tenho lido tá dando vontade de ler o livro.
Ótima resenha!
Eu vi o filme, e nao achei nada demais. Mas , confesso que sua resenha me deixou bastante curiosa. Beijos
Olá!
Olha que louco: eu estou lendo contos de ficção científica. O gênero me fascina há um tempão, mas só agora estou podendo ler os livros que comprei.
Pela manhã, li “A formiga elétrica”. Ontem, “O conflito evitável”. Todos ótimos. Mas “O homem bicentenário” é único. É de uma lucidez e delicadeza espantosas.
Gosto também bastante do filme “Eu, robô”.
Vi que você fala, em outro post, sobre “Admirável mundo novo”. Eu já li também.
Vi que passará, em breve, o “Contatos imediatos de 3º grau”. Tô louca pra ver. Mas não me lembro em qual canal…
Bom, é isso. Fico feliz em encontrar alguém que lê as mesmas coisas que eu. 😉
Beijo e até mais.
Quero ler…para aprender e conhecer um pouco desses universos paralelos do qual conheço muito pouco. Da minha parte, tenho dificuldades em imergir nas narrativas que trazem robôs, vampiros, anjos e seres fantátiscos como personagens centrais.
Como sempre, uma resenha hiper gostosa de ler!
Beijocas
Vivi
Odiei o filme, mas fiquei doido pra ler o livro com sua resenha!
Ao contrário de você, como conhecia o livro me decepcionei com o filme.
Acho o livro brilhante.
abs
Jussara