DL 2011: A Batalha do Apocalipse

TEMA: Novos Autores
MÊS: Julho


Livro:
A Batalha do Apocalipse
Autor(a): Eduardo Spohr
Editora:
Verus
Páginas:586

Nota: 3
(sendo: 1- Não gostei 2- Gostei pouco; 3- Gostei; 4- Gostei bastante; 5Adorei)


“A Batalha do Apocalipse” me surpreendeu. No entanto, não consigo dizer se gostei ou não do livro. Tem partes muito positivas e algumas que realmente não me encantaram. A idéia é ótima e criativa. O livro é um épico, e por ser de um autor novo brasileiro me deixou orgulhosa. O detalhamento das cenas e cenários é bastante rico e embora (como já mencionado em outras resenhas) eu não seja fã de autores muito descritivos, entendo perfeitamente quando os detalhes são necessários para o desenvolvimento da história. Em alguns casos apenas, eles foram muito cansativos. Principalmente nas descrições das diversas lutas heróicas que permeiam a história.

Basicamente, a obra trata do Armagedon, embate final entre o céu e a terra que decidirá o futuro da humanidade. Tudo começa no paraíso, onde um grupo de guerreiros que amam a liberdade e a justiça desafia a tirania dos poderosos Arcanjos. Por possuírem habilidades inferiores, o grupo é forçado ao exílio e condenado a vagar pelo mundo dos homens até o dia do Juízo Final. Ablon, o líder dos renegados, é convidado por Lúcifer a se juntar a suas legiões na batalha final, mas se nega, embrenhando-se em uma jornada de conhecimento e batalhas.

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25.07 [11] – Dia Nacional do Escritor

Um escritor é, afinal, apenas metade de seu livro. A outra metade é o leitor; e a partir dele é que o escritor aprende”.

. P. L. Travers .

Entardecer

XLVII Desafio Incubadora Literária
Tema: Sorriso
Período de Votação: 20 a 22/07/11

Havia muitos dias não chegava em casa tão cedo. Entre os dias atribulados sobravam-lhe apenas noites escuras, algumas estrelas, as vezes a lua e nenhum vestígio da rotina de seus semelhantes. Chegou a acostumar-se ao silêncio quebrado pelo som do seu próprio salto, o som levemente amedrontador do elevador descendo, depois subindo. O som da chave na fechadura. Mas naquele dia havia sido diferente. O sol ainda brilhava e havia tanto movimento e tantos sons que um sorriso brincou em seus lábios sem notar. Assim que desceu do ônibus, notou uma mãe e uma criança de mochila nas costas, conversando sobre a aula. Mais a frente um barzinho com alguns homens rindo provavelmente de uma piada. O pequeno salão de beleza com duas mulheres, uma sentada a cadeira sorrindo pelo espelho para a outra que lhe cortava o cabelo. Até o porteiro do condomínio sorriu-lhe diferente e retribuiu animada. Viu uma vã escolar passar com crianças brincando e acenando, algumas comadres sentadas nos bancos da pracinha do primeiro bloco falando do jantar, de como as coisas subiram no mercado. Mais a frente, um senhor consertava o carro, dobrado sobre o capô aberto com a mão apoiada na lateral do carro, toda suja de graxa. Passou por várias outras pessoas até chegar ao seu bloco: mães, pais, maridos, esposas, senhoras carregando seus cachorros, outras carregando sacolas de compras e quando chegou finalmente ao seu bloco, parou e virou-se para observar aquilo. Aquela cena cheia de vida, cor, sons. Nem se lembrava de como era bom sentir-se parte daquilo, da vida normal das pessoas, da rotina. E apesar do dia cansativo e estressante, subiu  sorrindo ao seu apartamento, já com outro coração…

{ Lyani } 29/10/2007

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Brasil License.

Buenos Aires inaugura ‘Torre de Babel’ de livros

Uma torre de 28 metros de altura, em formato de rampa circular, toda feita de aço e dezenas de milhares de livros livros, foi inaugurada na quarta-feira em Buenos Aires para marcar a gestão da cidade como Capital Mundial do livro de 2011, título designado pela Unesco.

A obra, batizada de ‘Torre de Babel de Livros’, é de autoria da artista plástica argentina Marta Minujín, que reuniu mais de 30 mil exemplares de 54 países, inclusive do Brasil, como informou a assessoria de imprensa do governo de Buenos Aires.

‘É importante que todos venham (ver) porque esta é uma obra de participação maciça’, disse Minujín.

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DL 2011: Fazendo Meu Filme – 3

TEMA: Novos Autores
MÊS: Julho


Livro:
Fazendo meu Filme – 3
Autor(a): Paula Pimenta
Editora:
Cutenberg
Páginas: 419

Nota: 4
(sendo: 1- Não gostei 2- Gostei pouco; 3- Gostei; 4- Gostei bastante; 5Adorei)

 

Fazendo meu filme 3 me supreendeu bastante. Paula Pimenta não só manteve a ótima qualidade da narrativa como trouxe uma história mais madura e repleta de acontecimentos e situações difíceis. Agora estou super ansiosa pelo livro 4 que sai só em setembro!

Como o próprio nome do livro já diz, este é o roteiro inesperado da Fani. Pra mim, pelo menos, o nome não poderia ter sido mais perfeito. Eu imaginei que agora que finalmente Fani e Leo iriam ficar juntos, tudo seria lindo e daria certo! Me surpreendi com as reviravoltas que a autora consegue dar a história e que são típicas da vida real. Acho que é justamente isso que torna seus livros tão cativantes. Não há como não se identificar.

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Cartaz para uma feira de livros

Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem”.

. Mario Quintana in 80 anos de poesia .

DL 2011: Fazendo Meu Filme – 2

TEMA: Novos Autores
MÊS: Julho


Livro:
Fazendo meu Filme – 2
Autor(a): Paula Pimenta
Editora:
Cutenberg
Páginas: 327

Nota: 4
(sendo: 1- Não gostei 2- Gostei pouco; 3- Gostei; 4- Gostei bastante; 5Adorei)


Paula Pimenta conseguiu manter a narrativa super agradável e a história envolvente de Fani neste segundo volume da série Fazendo meu Filme. Dentro do gênero literário deste livro, Paula não deixa a desejar e escreve com muita sensibilidade e veracidade sobre as dúvidas, medos e esperanças que as adolescentes sentem nessa fase da vida. Não tive oportunidade de fazer intercâmbio, mas pude vivenciar os acontecimentos bons e as aflições de se estar em um novo país completamente sozinha com as passagens de Fani e foi realmente muito legal.

Paula tem uma narrativa bastante sincera e desenvolta, o que cativa o leitor. Nesta história, Fani está embarcando para um intercâmbio de um ano na Inglaterra e deixando para trás seus amigos, família e seu primeiro amor. Com muito receio do que a espera e uma saudade avassaladora do Brasil, Fani passa por diveras situações muito veridicas, chegando até ao ponto de pensar em voltar e desistir de tudo.
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DL 2011: Fazendo Meu Filme – 1

TEMA: Novos Autores
MÊS: Julho


Livro:
Fazendo meu Filme – 1
Autor(a): Paula Pimenta
Editora:
Cutenberg
Páginas: 331

Nota: 4
(sendo: 1- Não gostei 2- Gostei pouco; 3- Gostei; 4- Gostei bastante; 5Adorei)


Fazendo meu filme é realmente como li em várias resenhas e ouvi de várias pessoas, um livro muito fofo. Traz sentimentos, pensamentos e lembranças muito gostosas desse momento tão mágico da vida que é a descoberta do primeiro amor, as amizades, a escola e as novidades que vão se abrindo para o futuro. É uma fase deliciosa da vida e poder relembrar dela com a leitura desse livro foi realmente muito gostoso.

A narrativa de Paula Pimenta é muito agradável e não deixou a desejar, faz com que tenhamos vontade de continuar sem parar. Acho isso muito importante, principalmente em se tratando de um livro infanto-juvenil. O desenrolar dos acontecimentos é bem desenvolvido e as personagens são cativantes. Impossível não se apaixonar por Leo e não ter vontade de abraçar a Gabi. Sem contar, é claro, com a Fani que é uma gracinha!

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Uma Mulher com seu Livro

XLVI Desafio Incubadora Literária
Tema: Catástrofe
Período de Votação: 29/06 a 01/07/11

Ninguém notaria, dentre os destroços e cheiro de carne humana queimada, uma parede solitária que não havia caído. Nela, podia-se divisar a sombra de uma mulher lendo um livro, provavelmente sentada numa poltrona em sua sala quando a luz, e não o som, a alcançou. O som só chegaria depois, e aos ouvidos de outras pessoas. Os ouvidos daquela mulher nunca ouviriam o som daquela destruição. Estava perto demais de onde a bomba fora lançada pra ouvir qualquer coisa. Tudo que ela poderia ter registrado nos três segundos mais tristes de toda a humanidade foi a luz intensa, como se mil sóis estivessem brilhando no céu naquele momento. A luz e aquela ausência de dor, porque seus nervos deixaram de existir antes que pudessem enviar qualquer mensagem ao cérebro. Ela teria sumido do planeta sem deixar vestígios, não fosse a pálida sombra de sua imagem impressa naquela parede que permanecera erguida, enquanto todo o resto fora destruído. Eram exatamente 8:15h de uma bela manhã de agosto quando aconteceu, e ninguém jamais notaria, no meio daquela catástrofe, a imagem solitária de uma mulher com seu livro.

{ Lyani }

*Uma humilde homenagem (se é que se pode chamar assim) às vitimas de Hiroshima. A idéia da imagem impressa na parede veio do livro “O último Trem de Hiroshima” de Charles Pellegrino onde descobri que por toda a cidade era possível ver essas sombras, de pessoas e objetos, impressas nos destroços.

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Brasil License.

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