Resenha: A Solidão dos Números Primos

Livro: A Solidão dos Números Primos
Autor(a): Paolo Giordano
Editora: 
Rocco
Páginas: 288

Nota: 5
(sendo: 1- Não gostei 2- Gostei pouco; 3- Gostei; 4- Gostei bastante; 5Adorei)

Confesso: comprei o livro pelo título que achei lindo! Não sabia nada da história e sequer tinha lido algo a respeito, como geralmente faço antes de comprar. Comprei por impulso e fico feliz de o ter feito. A Solidão dos Números Primos é um livro intenso e doloroso, de leitura simples e rápida. Como um corte na pele, que incomoda no início e deixa uma cicatriz de lembrança pelo resto da vida.

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Estômago vazio

O quarto era o oposto do que eu criara em minha casa, o oposto da suave beleza que resultara do meu talento de arrumar, do meu talento de viver, o oposto de minha ironia serena, de minha doce e isenta ironia: era uma violentação das minhas aspas, das aspas que faziam de mim uma citação de mim. O quarto era o retrato de um estômago vazio”.

. Clarice Lispector in A Paixão Segundo G. H. .

23.04 [15] – Dia Mundial do Livro

O livro pode estar cheio de coisas erradas, podemos não estar de acordo com as opiniões do autor, mas mesmo assim conserva alguma coisa de sagrado, algo de divino, não para ser objecto de respeito supersticioso, mas para que o abordemos com o desejo de encontrar felicidade, de encontrar sabedoria”.

. Jorge Luís Borges in Ensaio: O Livro .

Exausto

Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.
Semente.
Muito mais que raízes”.

. Adélia Prado .

09.04 [15] – Dia da Biblioteca

Mas as bibliotecas tem a ver com liberdade. A liberdade de ler, a liberdade de ideias, a liberdade de comunicação. Elas tem a ver com educação (que não é um processo que termina no dia que deixamos a escola ou a universidade), com entretenimento, tem a ver com criar espaços seguros e com o acesso à informação”.

. Neil Gaiman .

Leia na íntegra aqui.

Basta o essencial!

Contei meus anos e descobri que tenho menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro. Então, já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero reuniões em que desfilam egos inflamados. Inquieto-me com invejosos cobiçando o lugar de quem eles admiram. Já não tenho tempo para conversas inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas idosas, mas ainda imaturas. Detesto pessoas que não debatem conteúdos, mas apenas rótulos!… Quero viver ao lado de gente que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade. Quero caminhar perto de coisas e pessoas de verdade. Apenas o essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!

Mario de Andrade