Dois Tipos

Alguns afirmam que há dois tipos de livros. O livro que o autor escreve e o que o leitor possui”.

. Jean-Claude Carrière in Não Contem com o Fim do Livro .

Roteiro

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Cada um de nós precisa (mas ninguém nos explica isso) escrever o roteiro de sua existência dando-lhe sentido nos espaços brancos e nas entrelinhas das fatalidades e dos acasos (nos quais eu não acredito). Cúmplices de nós mesmos nesse solitário brinquedo de existir, alternamos trabalho duro com euforia cintilante, desejo de se ocultar atrás de fantasias e o ímpeto de arrancar as máscaras e finalmente ser”.

. Lya Luft in O Tempo é um Rio que Corre .

Resenha: O Flagelo de Hitler


Livro:
 O Flagelo de Hitler
Autor(a): Albert Paul Dahoui
Editora: Lachatre
Páginas: 224

Nota: 5
(sendo: 1- Não gostei 2- Gostei pouco; 3- Gostei; 4- Gostei bastante; 5Adorei)

 

Emocionante!
Acho que já é de conhecimento das pessoas que acompanham minhas leituras e resenhas, e dos que me conhecem que tenho um grande interessante pela literatura do holocausto e esse foi o motivo pelo qual decidi ler este livro.

Eu poderia dizer que fiquei decepcionada pelo fato de o livro sequer tocar no assunto holocausto antes das últimas páginas, mas realmente não fiquei, pois a história me envolveu de uma forma, que não conseguia parar de ler. A leitura é daquelas que flui com facilidade e os ensinamentos e passagens emocionantes fazem refletir sobre nossas vida e nossas escolhas, o que é fundamental num livro espírita.

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Resenha: O Milagre

Livro: O Milagre
Autor(a): Nicholas Sparks
Editora:
Leya
Páginas: 326

Nota: 3
(sendo: 1- Não gostei 2- Gostei pouco; 3- Gostei; 4- Gostei bastante; 5Adorei)

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Nicholas Sparks nos traz nessa história um romance bonito e tranquilo, agradável de ler e para momentos em que você precisa relaxar de histórias muito pesadas, tristes ou reflexivas. É o tipo de leitura que flui e quando você vê já está nos capítulos finais. Confesso que fiquei o livro inteiro esperando qual seria a tragédia dessa história, pois Sparks é especialista em colocar um drama e um final surpreendente em seus livros, mas neste não teve. A trama segue um ritmo bom até o final, com algumas cenas bem bonitas.

A história gira em torno de Jeremy, um jornalista investigativo que escreve para uma revista famosa desvendando mistérios como casas mau-assombradas, médiuns fraudulentos e fantasmas. Recebe uma carta de uma cidadezinha no sul do país falando sobre um cemitério com luzes misterioas que aparecem a noite e decidi ir até lá para conferir. E é no cenário aconchegante de Boone Creek que Jeremy encontra Lexie, uma bibliotecária (gostei muito dessa parte 😉 ) que o ajuda nas pesquisas para desvendar o mistério das luzes.

Daí pra frente tudo é muito previsível, mas não por isso menos interessante. Sparks é uma leitura relaxante e gostosa e sempre nos traz um romance bonito com personagens cativantes.

Palavras Ansiosas

Eu batia pé — porque era impertinente, e porque queria algo “agora”. Um dos adultos, divertido, disse: — O agora nem existe! Aborrecida, pedi a meu pai que me explicasse aquilo, e ele tentou: — O tempo está sempre passando, é como a água de um rio, a cada instante tudo muda. Até a gente não é a mesma pessoa de um segundo atrás. E acrescentou para eu entender melhor: — Quando a gente começa a pensar a palavra “agora”, entre o primeiro “a” e o “a” final já transcorreu um tempinho, portanto nada é a mesma coisa, e a cada momento a gente não é a mesma pessoa. Levei dias procurando em vão empilhar as letras do “agora” para que fossem uma coisa só, num só instante. Mas não consegui enganar a esfinge que nos proporciona pequenos milagres e grandes tragédias, no duelo das ideias e das palavras ansiosas.

Lya Luft in O Tempo é um Rio que Corre