Livro: O Castelo do Príncipe Sapo
Autor(a): Jostein Gaarder
Editora: Companhia das Letrinhas
Páginas: 128
Nota: 2
(sendo: 1- Não gostei 2- Gostei pouco; 3- Gostei; 4- Gostei bastante; 5– Adorei)
DESAFIO LITERÁRIO 2011 – Tema: Infanto Juvenil / Mês: Janeiro (Livro 4)
Confesso que de todos que li do Gaarder, este foi o que menos gostei. Não sei explicar exatamente o que não me agradou, mas não foi uma leitura super agradável como geralmente os livros de Gaarder são. Talvez tenha sido o fato do livro ser cheio de metáforas ou talvez a mistura de realidade com sonho que me deixou um pouco embaralhada na história, não sei realmente precisar.
A história é protagonizada por um menino de 7 anos que acaba de perder o avô e apesar de chamar-se Gregório da Silva, gosta de se apresentar como Gregório Pregório. Numa certa noite ele estava andando à luz do luar quando conhece o duende Umpim e com ele vive uma incrível aventura num castelo onde guardas são Salamandras, a Rainha não usa a parte de cima da roupa, um Lorde Camareiro lê pensamentos e todos adoram comer panquecas com geléia de morango.
Quase na metade da leitura comecei a entender que o garotinho Gregório sofreu tanto com a perda do avô, do qual fala durante toda sua incrível aventura, que precisava se desligar do “mundo real” e mergulhar no “faz-de-conta”. O que é incrível nos livros de Gaarder é que tem sempre algo a refletir em sua escrita. Duas passagens me chamaram muito a atenção neste livro. Primeiro a passagem do Rei falando sobre o tempo com Gregório:
“O tempo cura todas as feridas, mas abre outras…”
“Quer dizer que o tempo é ao mesmo tempo bom e ruim?”
“Sim, as duas coisas”
E também quando Umpim, o duende, ensina Gregório a enfrentar seus medos:
“Quem foge de um sonho mau acaba sempre voltando a esse mesmo sonho. Por isso devemos tratá-lo exatamente como se trata um lobo que a gente encontra na floresta. […] Se você encontrar um lobo, não deve sair correndo, pois ele vai correr atrás de você. Você deve ficar firme no lugar e olhar bem fixamente nos olhos do lobo…”.
Apesar destas duas ótimas passagens, no todo não consegui dar muitas estrelas para esta obra. Achei as demais obras de Gaarder mais interessantes!
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