Livro: Entrevista com Vampiro
Autor(a): Anne Rice
Editora: Rocco
Páginas: 334
Nota: 4
(sendo: 1- Não gostei 2- Gostei pouco; 3- Gostei; 4- Gostei bastante; 5– Adorei)
Bom, eu não gosto de Vampiros. Li a coleção da Stephenie Meyer mais por não ficar de fora das conversas, do que por gosto realmente. Acho que também é por isso que gostei mais do livro Lua Nova que de todos os outros. Lobos são mais aceitáveis. Não sei bem qual é o problema com os vampiros, mas não gosto. Quando terminei de ler Amanhecer, prometi que não ia ler mais nenhum, que minha cota vampiresca estava acabada pelo resto de minha vida.
Mas, decidi abrir uma exceção para Anne Rice, afinal não podia basear minhas leituras vampirescas apenas nos livros da Meyer. Fiquei feliz de ter feito isso. O livro de Anne Rice me cativou logo no início. Narrativa apaixonante e super poética. Adorei o Vampiro Louis desde o princípio, seu lado mais humano que imortal, seus sentimentos, seus pensamentos, sua bondade e compaixão totalmente atípicos de sua natureza.
E Lestat. A figura lendária que é Lestat. Eu o admirei e odiei durante toda a leitura. Suas respostas às perguntas incessantes de Louis (e mais a frente na narrativa, de Cláudia) seriam cômicas se não fossem trágicas. Uma figura em forma de Vampiro. A morte em suas milhões de facetas.
Mas o que realmente gostei no romance de Rice (e nem dá pra comparar aos romances de Meyer, pq são totalmente diferentes) é que os Vampiros são maus. Sua natureza é assassina, cruel, desumana e insensível. Mesmo Louis, que lutou durante o livro todo contra isso, teve seus momentos totalmente vampirescos.
Os personagens pareciam reais. Reais demais a ponto de me deixar com medo e de me fazer virar o rosto em certas cenas. Agora, preciso desesperadamente ver o filme. E talvez (mas só talvez, eu leia outro livro de Rice: O vampiro Lestat). E aí sim, será o fim dos Vampiros pra mim. Fecharei a cota com chave de ouro. Leitura recomendada!
Eu sou de uma época em que a maior referência sobre literatura vampírica e sobre vampiros era Anne Rice e o livro de RPG “Vampiro, a Máscara” (década de 1990). Esse livro de RPG se baseou bastante em clássicos, como os livros da Anne Rice (Lestat e sua “família” tem as características do clã Toreador, Drácula claramente é um Tzimisce, e etc…). Para nós, os vampiros são maus porque são fundamentalmente diferentes de nós. Somos o “recurso natural” deles (eles se alimentam do sangue humano e necessitam disso para sobreviver). Acho que não faz muito sentido pensar os vampiros misturados aos humanos, sem um distanciamento que marque essa diferença.
E talvez por essa diferença existencial fundamental, presente na maior parte da literatura vampírica, é que mantive indiferença e distância dos livros da “saga Crepúsculo”. Eu te recomendo ler o Lestat sim, mas também “O Vampiro Victório” também da Anne Rice, talvez o único caso de vampiro bondoso e justo em toda a obra de Rice. Mas há todo um contexto que explica o seu sucesso em manter alguma “humanidade”, que na verdade seria “devoção” à algo que não é humano.
Ah propósito, o personagem que mais gostei em Entrevista com o Vampiro foi a Cláudia. rs
Olá André! Primeiramente, obrigada pela visita! Com certeza eu não podia deixar de ler algo sobre vampiros de verdade antes de decidir que minha leitura sobre Vampiros estava acabada. Eu gostei demais do livro da Anne Rice, e penso no futuro em voltar a ler alguma coisa. Obrigada pelas dicas, com certeza levarei em consideração.
Quanto a Claudia, ela foi uma personagem muito bem trabalhada sim, mas nossa, eu ficava irritada com ela kkk
Abraços e volte sempre!