Nas noites em que você se sentir sozinha, Victoria, feche os olhos. Troque seus olhos. Mude eles todas as noites se for preciso e acorde enxergando o mundo de outra forma. As pessoas e as luzes na rua ainda acesas quando você vai pra aula de manhã. Afaste as memórias dos amigos que te afastaram. A Primavera todo ano tenta ensinar pessoas teimosas que não querem aprender: a vida é feita de ciclos. Folhas caem. E folhas que caem, adubam. Passados ruins são folhas secas que representam a secura do coração de alguns. Aduba a sua vida e faz florescer o que diabos o seu sorriso desejar. Rega com vontade de vencer e espera que o tempo faz crescer dias melhores.
Sabe, menina, um dia eu já estive no topo do mundo ao som de Imagine Dragons, hoje me encaixo ao pé da minha cama ao som das risadas que certa vez eu dei. Victoria, qual a música que toca no seu fone? Quando eu coloquei o mundo no aleatório me acostumei com o acaso. A próxima música é o próximo dia, eu não espero mais nada de ninguém. Amigos vão e vem. Pessoas são difíceis, tem dias bons e dias ruins. Mas Victória, não me diga que um punhados de companhias erradas te fizeram deitar no colo da solidão. A própria solidão agora te estende a mão. Coloca a playlist no aleatório. Dança conforme o som aparecer e não espere que toquem a sua música favorita quando você achar que vai tocar. O acaso vai te mostrar bandas desconhecidas para você seguir a vida sem precisar lamentar nem um outro dia de amigos que não sabem ser amigos.
gostei do que li aqui.
muito
muito mesmo