Resenha: Excalibur

Livro: Excalibur
Autor(a): Bernard Cornwell
Editora:
 Record
Páginas: 532

Nota: 4
(sendo: 1- Não gostei 2- Gostei pouco; 3- Gostei; 4- Gostei bastante; 5Adorei)

E tudo termina em lágrimas…
“Você não pode deixar uma história sem final, Derfel” – foi o que Igraine, Rainha de Powys e patrona de Derfel, disse. “Precisa de um final, aqui e agora” – insistiu a Rainha – “Esse é o objetivo das histórias. A vida não precisa de finais bem-feitos, por isso as histórias devem tê-los”

Derfel preferia não ter que continuar. Contou a história de Artur até sua maior vitória e realização no Mynydd Baddon, e tinha vontade de terminar ali, mas ele concordava com a sua Rainha: “a vida não tem finais bem acabados, por isso devo continuar com esta narrativa sobre Artur”. E continuou. Apesar de Merlin ter avisado “É melhor não saber do futuro. Tudo termina em lágrimas, e é só o que há”. E foi só o que houve. Lágrimas.

Artur buscou a sua vida inteira o que naquela época era impossível. Ele queria a paz numa época de guerra, justiça numa época de ignorâncias, gentilezas numa época de selvagens. Teve alguns momentos de felicidade, raros momentos de paz, nenhuma justiça, mas conseguiu uma vitória: manter a Britânia longe do ‘poder’ desvairado de um Rei que não nasceu para governar: Mordred.

A história, apesar das diferenças em alguns personagens e passagens, é muito bela, muito trágica e vale a pena ser lida. Senti um pouco de cansaço nas descrições das muitas guerras e por isso as quatro estrelas. Tive que concordar com a Rainha Igraine: “Nem todo mundo gosta de ouvir sobre lanças e mortes, Derfel”, mas a narrativa de Cornwell é fantástica e todos aqueles que tem alguma simpatia pelas histórias de Artur tem que ler essa trilogia.

Leitura recomendada!