Livro: A Divina Comédia: Inferno
Autor(a): Dante Alighieri
Editora: Abril
Páginas: 432
Nota: 4
(sendo: 1- Não gostei 2- Gostei pouco; 3- Gostei; 4- Gostei bastante; 5– Adorei)
Deixai toda esperança, vós que entrais
“Quem poderá em palavras sem rima
dizer das chagas e do sangue plenos
que vi, mesmo que muita vez o exprima?”.
Ninguém. Penso eu após ler essa obra fantástica. Uma criação única e criativa, apesar de toda dificuldade que encontrei ao ler. Não há como negar que é um clássico da literatura mundial já que abarca toda a cultura e o conhecimento do homem medieval (o texto, apesar de não existirem dados precisos, é aprox. de 1300).
A edição da Coleção Abril traz a tradução ótima de Jorge Wanderley e contém notas bibliográficas para cada um dos 34 cantos (Os 3 livros que compõe A Divina Comédia são divididos em 33 cantos, sendo que o Inferno possui um canto a mais que serve de introdução ao poema) e auxiliam na leitura. Mas tenho que confessar que não li todas as notas e mantive a leitura em sua grande maioria apenas nos versos.
Foi a minha primeira, e de maneira alguma a última, leitura dessa obra magistral de Dante Alighieri. Tenho que dizer que não me sinto madura o suficiente para dizer que entendi completamente sua obra, mas compreendi ao menos a estrutura e o sentido das 9 divisões em círculos do Inferno.
O que me levou a ler A Divina Comédia – Inferno? Vai ser difícil de acreditar, mas foi uma personagem de HQ conhecida por Dominó da Marvel Comics. Um amor antigo dessa personagem era apaixonado por este livro e apelidou Dominó de Beatrice por conta do anjo que aparece para auxiliar a viagem de Dante ao Inferno.
Foram quatro estrelas, para um livro que provavelmente darei cinco quando o ler novamente, com calma e a ponto de estudar cada nota bibliográfica num outro momento de minha vida. Afinal, como disse Borges sobre essa obra: “A divina comédia é uma cidade que nunca teremos explorado de todo”…