The Kauê Spin-Off

Por Álvaro Grave:

Obrigada pelo carinho desses desenhos tão fofos em homenagem ao Kauê, amigo.
Kauê se foi. Até agora ainda não tô entendendo direito o que aconteceu.  Não teve um grito, aviso, sangue, nada. Não teve nada. No fim, não importa muito o que aconteceu, ele se foi. Não tem mais beijinhos de manhã, gritos desesperados, correria atrás do pé, falatório sem fim, não me deixar falar no celular, dengo e carinhos. Acabou. Amei, amei com todo meu coração. Ele voou uma vez pra longe, eu pisei nele uma vez, ele foi ator dos vídeos do SESI e sem nenhum som, acabou. To em choque. Já chorei, já me revoltei, mas não vai trazer ele de volta. Peço perdão, Kauê, pelas falhas humanas em entender alguma necessidade que não foi atendida, mas acima de tudo por prendê-lo, um ser de asas que deveria viver solto e feliz na natureza, prometo nunca mais cometer esse erro novamente.  Eu sinto muito mesmo. Que Deus possa receber sua alma pura em seus braços e que você siga seu ciclo de vida feliz. Você merece. Tudo que me deu, por esses 6 anos de vida ao meu lado, foi AMOR.

“Daqui a 50 anos ainda vou lembrar seu nome e todas as vezes que você me fez sorrir”.

#CaioFernandoAbreu 😭🐥💔

Feliz Dia das Mães

Desde muito pequena, por influência da minha mãe que sempre leu muito, vivi rodeada de livros. A textura do papel, o cheiro, as figuras, as letras de diversos tamanhos e formatos sempre me encantaram e eu corria os olhos por elas com prazer. Desde sempre, por prazer. Muitas e muitas vezes troquei aquele brinquedo cobiçado por qualquer criança por um livro, pedido no Natal, aniversário e fora de época. Gostava, além de lê-los ansiosamente, de vê-los ali no meu quarto. Amigos que faziam as vezes dos irmãos que não tinha (sou filha única). Minha história de vida tem as palavras e os livros como base desde o começo. Minha infância foi florida de livros e histórias que me ajudaram, emocionaram, desenvolveram e por isso só tenho a agradecer aos meus pais, por todo o incentivo que me deram e continuam dando até hoje. Mas é a minha mãe, que foi o meu exemplo de mulher leitora e outros tantos, que hoje quero homenagear, abraçar e agradecer! Obrigada Elvira R. Souza. Infinita #gratidão. Feliz Dia das Mães. Te amo.

#Lyani
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Resenha: A Via Crucis do Corpo

Livro: A Via Crucis do Corpo
Autor(a): Clarice Lispector
Editora:
Rocco
Páginas: 84

Nota: 5
(1- Não gostei 2- Gostei pouco; 3- Gostei; 4- Gostei bastante; 5Adorei)

Clarice é Clarice…
… Mas esse livro foi diferente de todos os livros dela que já li, porque foi um livro como ela mesmo chamou no conto Explicação de “encomendado”. E ela estava se sentindo um tanto mal com isso. Nesse conto explicação ela diz que avisou ao editor que não escrevia por encomenda e nem por dinheiro e sim por impulso, mas que enquanto a ligação corria, ela já começava a imaginar as histórias. Mas que tinha vergonha do que escreveu e que queria lançar com pseudônimo, mas que o editor não deixou porque ela deveria ter liberdade de escrever o que quisesse. O que fica claro na explicação e em quase todos os contos do livro que são 14, é que ela não estava confortável, mas as histórias vieram!! São, como tudo que Clarice escreve, profundas, um pouco tristes, totalmente VIDA nossa de cada dia e que nos fazem refletir. Amo Clarice porque ela nos faz mergulhar no que não queremos encarar, mas precisamos!!

Algumas citações que destaquei da leitura:

“Que podia fazer? senão ser a vítima de mim mesma.”

“Se contasse, não acreditariam porque não acreditavam na realidade.”

“Porque é dever da gente viver. E viver pode ser bom. Acredite.”

“Às vezes me dá enjoo de gente. Depois passa e fico de novo toda curiosa e atenta.”

Todos os contos são sobre sexualidade, algo que ela escreve com naturalidade, mas com pudor. É perceptível o desconforto em alguns momentos e ela inclusive pede desculpas às vezes por certos detalhes cruéis, segundo ela. Pede desculpas não a nós leitores, mas aos personagens por “ter que escrever isso”!!

Clarice sempre se utiliza dessas conversas em seus livros, com ela mesma, com o leitor, com os personagens, com Deus. E esse pra mim é o charme de sua literatura tão forte, que traz e aproxima a autora de nos, que mostra suas fraquezas, seus desconfortos, suas inseguranças e faz dela gente como a gente em situações que já vivemos ou ainda viremos a viver!!

Recomendo a leitura!!