Resenha: Tchau
Livro: Tchau
Autor(a): Lygia Bojunga
Editora: Casa Lygia Bojunga31
Páginas: 127
Nota: 4
(1.Não gostei 2.Gostei pouco; 3.Gostei; 4.Gostei bastante; 5.Adorei)
Lindinho!
“E tem gente como eu: em qualquer fase da vida não abre mão, mas não abre mesmo, de ter sempre por perto o tal amigo pra valer: LIVRO. Mesmo porque ele é o único amigo que nunca cria caso para ficar com a gente, seja onde for: sala, quarto, banheiro, cozinha, sombra de árvore, areia de praia, fundo de sofá, fundo de mágoa; e fica junto da gente mesmo no pior lugar do ônibus, do trem, do avião; enfrenta até numa boa cadeira de dentista e leito de hospital. E, se quem escreveu o livro consegue mexer com o nosso pensamento e balançar nossa imaginação – pronto! Aí se forma uma relação, um laço, que amarra pra valer quem escreve com quem lê”.
Esse livro foi indicação de uma aluna da escola que trabalho e resolvi trazer para casa para ler nas férias e não me arrependi. Já começa com um prefácio da própria autora com essa citação linda aí de cima. E pra completar, são 4 contos muito bonitos. O primeiro é “Tchau” que dá nome ao livro. Uma mãe que se apaixona por um estrangeiro e decidi ir viver com ele na Grécia, deixando o marido e os dois filhos para trás. A história é contada pelos olhos da menina mais velha e é triste, porém a gente percebe como se choca com isso quando é a mãe que vai, mas se for o pai a gente acha normal. É pra refletir. O Segundo conto, “Bife e Pipoca” também é pra gerar bastante reflexão e conta a história de um menino da favela que ganha bolsa de estudos em uma escola privada de classe alta. Ele faz amizade com um garoto rico e as discrepâncias entre as duas vidas é de trazer lágrimas aos olhos. O terceiro conto, “A Troca e a Tarefa” é um conto lindo sobre a vida de uma escritora e o último conto, “Lá no Mar”, é a história de uma amizade entre um barco velho e um menino. A narrativa da Lygia é encantadora e eu li o livro de uma vez, porque é assim que ela faz com a gente. Dessa autora eu só tinha lido “A Bolsa Amarela” há muitos anos atrás e fiquei com vontade de reler. Recomendo a leitura!