Resenha: Corte de Asas e Ruína

Livro: Corte de Asas e Ruína
Autor(a): Sarah J. Maas
Editora:
Galera
Páginas: 686

Nota: 4
(1.Não gostei 2.Gostei pouco; 3.Gostei; 4.Gostei bastante; 5.Adorei)

É daqueles que você quer MUITO saber o que vai acontecer…
… Mas não quer ler rápido pra não acabar logo porque sabe que vai sentir uma ressaca literária e saudade dos personagens!!!

Mais uma vez enalteço a escrita da autora Sarah J. Maas. Ela sabe usar as palavras e os recursos literários capazes de prender sua atenção a ponto de você não querer fazer mais nada a não ser continuar lendo! Fazia bastante tempo que não me sentia assim com alguma leitura e confesso que foi um período bastante gostoso curtir essa história e suas personagens bem trabalhadas.

Com o final AVASSALADOR do segundo livro, você começa esse terceiro em pânico pra saber o que vai acontecer e a autora parece saber disso e assume uma narrativa mais acelerada e ágil que faz com que você não consiga tirar os olhos das páginas. Nele há um crescimento de personagens, como por exemplo as irmãs de Feyre, muito grande e o envolvimento dessas personagens com os demais da história também é bastante interessante. Outro ponto alto da leitura é que a autora preenche várias lacunas contando a história das várias cortes e seus Grão Senhores. Aliás, você visita alguns desses lugares e as descrições são de tirar o fôlego. Sei que vou parecer repetitiva, mas a narrativa da autora é realmente muito boa e ela consegue fazer você sentir medo, ansiedade, alívio e até faz você derramar algumas lágrimas com certas descrições. Neste livro, uma cena com o Suriel me fez chorar, literalmente.

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Sempre fomos…

“– Lembra-se de quando líamos os livros de Clark, Asimov, Bradbury, Vogt, Vonnegut, Wul, Miller, Wyndham, Heinlein? Eram supercivilizações, tecnocracia, sistemas computadorizados, relativo – ainda que monótono – bem-estar. E, aqui, o que há? Um país subdesenvolvido vivendo em clima de ficção científica. Sempre fomos um país incoerente, paradoxal. Mas não pensei que chegássemos a tanto”.

. Ignácio de Loyola Brandão in Não Verás País Nenhum . 

Chances de Vibrar

“Acho que nunca lhe veio à mente que um texto é antes de tudo escrito para ser lido e provocar emoções no leitor. Imaginem que ela nunca fez a pergunta: ‘Gostaram desse texto/desse livro?’. No entanto, é a única pergunta que poderia dar sentido ao estudo dos pontos de vista narrativos ou da construção do relato… Sem falar do fato de que a mente dos alunos da minha idade (12) é, ao meu ver, mais aberta à literatura que a dos mais velhos ou mais novos. Explico-me: na nossa idade, por pouco que nos falem de alguma coisa com paixão e puxando as cordas certas (a do amor, da revolta, do apetite pelo novo etc.), temos todas as chances de vibrar”.

. Muriel Barbery in A Elegância do Ouriço .

Sou bibliotecária Escolar e é exatamente dessa forma que acontece. Estou nesse momento trabalhando com alunos do 6º Ano, o incentivo a leitura com a rede social Skoob, e é emocionante ver como se empolgam. Uma pena, sinceramente que poucos profissionais da área da Educação tenham ainda forças, disposição e motivação para passar isso para seus alunos, culpa de todo um sistema que nunca levou a Educação como prioridade.

Resenha: Corte de Espinhos e Rosas

Livro: Corte de Espinhos e Rosas
Autor(a): Sarah J. Maas
Editora:
Galera
Páginas: 434

Nota: 4
(1.Não gostei 2.Gostei pouco; 3.Gostei; 4.Gostei bastante; 5.Adorei)

Me Rendi!!!
Pois é. Eu sou difícil de ler séries. Tenho um certo PAVOR de séries intermináveis e principalmente procuro evitar séries que o(a) autor(a) não terminou ainda de escrever. Mas, ouvi tanto desse livro e confesso, as capas são tão lindas (rsrs sou dessas) que não consegui resistir e comecei a ler. Há dois dias atrás. E terminei ontem. Li as 434 páginas desse livro em dois dias. Sim, porque é impossível parar de ler. Não é nem de perto o tipo de livro que faz o meu gênero, mas é preciso dizer que há muito, muito tempo um livro não tirava meu fôlego e minha vontade de fazer qualquer outra coisa que não lê-lo.

Sarah J. Maas tem uma narrativa envolvente e bem elaborada e consegue amarrar super bem os acontecimentos. Nesse primeiro livro deixa várias questões em aberto, mas já li resenhas dizendo que a grande maioria será respondida no segundo livro, então ok. É literatura fantástica e nesse primeiro livro vamos acompanhar a protagonista Feyre, que mora em uma choupana bem pobre com seu pai e duas irmãs e é a responsável por cuidar da família já que fez um juramento à sua mãe em seu leito de morte. O mundo de Corte de Espinhos e Rosas é dividido entre humanos e Feéricos que são criaturas mágicas. Houve uma guerra, um tratado foi feito e eles vivem cada um em seu espaço. A divisão é feita por uma muralha e do lado dos humanos histórias e lendas terríveis são contadas sobre a crueldade do povo Feérico e como assassinam humanos por diversão.

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Beleza

“Compreendi que a vida não é uma sonata que, para realizar sua beleza, tem que ser tocada até o fim. Dei-me conta, ao contrário, de que a vida é um álbum de minissonatas. Cada momento de beleza vivido e amado, por efêmero que seja, é uma experiência completa que está destinada à eternidade. Um único momento de beleza e de amor justifica a vida inteira.”

. Rubem Alves in Palavras Para Desatar Nós .

Resenha: O Menino da Lista de Schindler

Livro: O Menino da Lista de Schindler
Autor(a): Leon Layson com Marilyn J. Harran e Elisabeth B. Leyson
Editora:
Rocco
Páginas: 253

Nota: 4
(1.Não gostei 2.Gostei pouco; 3.Gostei; 4.Gostei bastante; 5.Adorei)

Necessário…
…como todos os livros escritos sobre essa temática. Foi indicação de uma professora e levei pra ler nas férias em casa. Terminei em um final de semana por dois motivos. A leitura é simples e fluida, e quando digo simples não quero dizer que não é uma história bem trabalhada, apenas que não é o tipo de leitura rebuscada e que seja necessária uma digestão maior. Segundo porque o tema por si só chama atenção, pelo menos a mim, que gosto de ler livros sobre o Holocausto, não porque eu seja masoquista ou porque goste do que aconteceu, mas porque me interesso pelo assunto e acredito de verdade que é necessário revisitá-lo sempre para que NÃO ACONTEÇA NUNCA MAIS!!!.

Enfim, o livro conta a história de Leon Leyson, o menino mais jovem que foi salvo por Oskar Schindler. Ele cita em alguns momentos, inclusive, o filme A Lista de Schindler, que eu, vergonhosamente, não tinha visto até então e tive que assistir assim que terminei o livro… Que filme, meus senhores! Fica aqui minha recomendação! Leon era o mais novo de uma família de quatro irmãos e moravam em vilarejo chamado Narewka e tinha apenas 10 anos quando o exército Alemão ocupou a Polônia. Vamos acompanhando com ele os horrores que foram sendo impostos aos judeus nessa época, que na minha opinião, foi uma das piores da humanidade. Através de suas palavras vamos sentindo as perdas dos direitos, da dignidade, da humanidade de um povo. A narrativa é até amena perto de outros livros que tratam dessa mesma temática, mas não deixa de ser impactante e impressionante, já que sabemos como as coisas aconteceram.

O que fica pra mim desse livro é a coragem desse povo que não perdeu as esperanças até o ultimo minuto desse trágico capítulo de nossa história e a pessoa de Oskar Schindler, alemão, ariano, que tinha tudo para ser um monstro como tantos outros, mas que escolheu usar toda sua fortuna para salvar vidas. O Menino da Lista de Schindler é um diário e um lembrete de tudo que foi feito e que jamais deve ser repetido. A leitura é necessária, além de recomendada fortemente!

DEUS

“Borges, quando indagado se acreditava em Deus: “Se a palavra Deus significa um ser que existe fora do tempo, não estou certo de acreditar nele. Mas se significa algo em nós que está do lado da justiça, então sim, acredito mesmo que, a despeito de todos os crimes, há um propósito moral no mundo”.

. Alberto Manguel in Os Livros e os Dias .