Monstro Brutal

“Importunava-a, contudo, ter vivo dentro dela esse monstro brutal, ouvir os gravetos se partindo ao meio e sentir os cascos plantados nas profundezas daquela floresta abarrotada de folhas, a alma; jamais se sentia de todo contente, ou de todo segura, pois a qualquer momento a besta se agitaria, esse ódio que, sobretudo desde a doença, tinha o poder de fazê-la se sentir esfolada, ferida na espinha dorsal; iflingia nela uma dor física, e o prazer que sentia na beleza, na amizade, em estar bem, em ser amada e manter um lar adorável oscilava, estremecia e vergava como se de fato houvesse um monstro a=cavoucando as raízes, como se toda a panóplia de contentamento não passasse de amor próprio! esse ódio”

. Virgínia Woolf in Mrs. Dalloway .

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