
Autora: Alice Walker
Editora: Círculo do Livro
Páginas: 258
Nota: 5
(1.Não gostei 2.Gostei pouco; 3.Gostei;
4.Gostei bastante; 5.Adorei)
“Tudo o queu sei fazer é cuntinuar viva”
Eu li esse livro muito nova e numa época em que não entendia absolutamente qual era o tamanho do que Celie estava me contando em suas cartas, não dirigidas a mim, mas a Deus. A Deus porque Celi não tinha ninguém a quem recorrer e uma necessidade de expor seus sentimentos e os acontecimentos ao seu redor, então escrevia pra única pessoa que tinha. As vezes também escrevia para sua irmã, Netti, desaparecida e que Celi acreditava estar morta.
É através de suas cartas que vamos conhecendo Celi, que começa a contar sua história quando tinha apenas 14 anos e sofre abuso sexual pelas mãos do próprio pai. Uma jovem negra, vivendo no sul dos Estados Unidos numa época onde o machismo e o racismo eram extremamente expressivos. Suas cartas, em linguagem simples mas imensamente humana, nos fazem sofrer, chorar, sorrir, suspirar ao longo de 30 anos de história que passam por inúmeras provações terríveis: como os filhos que teve do abuso que sofria e foram arrancados de seus braços, o casamento forçado, as agressões, a solidão.
No meio de todos esses tormentos, Celi encontra algumas pessoas muito importantes em sua vida. Mulheres, que vão lhe mostrar que a vida pode ser muito mais que apanhar e servir. E esse é o ponto principal dessa história pra mim, o que mais marcou e ficou. A sororidade, já ali, naquela época. Mulheres tão diferentes, de mundos e situações tão distantes que se encontram e se unem em mútua fraternidade.
Preciso muito fazer uma releitura desse livro, pois muitos detalhes me escapam da memória e é uma obra importante demais, que aborda temas extremamente necessários até hoje e que não pode passar batida. É preciso ser revisitada, relida e sempre lembrada. Ainda não está entre os favoritos, mas acredito que fazendo a releitura, entrará!
“Todos nós temos que começar de algum lugar se a gente quer melhorar, e é o nosso próprio ser que a gente tem pra segurar”.
Tenho muita vontade de ler esse livro. Ele já está na minha lista faz um tempinho.♥