
Autora: Mário Quintana
Editora: Alfaguarra
Páginas: 328
Nota: 5
(1.Não gostei 2.Gostei pouco; 3.Gostei;
4.Gostei bastante; 5.Adorei)
Doce reflexão sobre o cotidiano!
Mário Quintana é um dos meus poetas favoritos! Um doce de pessoa que enxerga a vida através da poesia. Neste livro, que acredito ser o seu “Livro do Desassossego” (Esse é do Fernando Pessoa, um livro lindíssimo que super recomendo e tenho pra mim que alguns autores acabaram seguindo esse caminho do Pessoa e publicaram os seus livros do Desassossego, cito alguns: Ostra Feliz Não faz Pérola é o do Rubem Alves, A Descoberta do Mundo é o da Clarice Lispector)!!
É um livro que contém de tudo um pouco: poesia, frases soltas, trechos, contos, crônicas, diálogos… E tudo isso com o olhar doce e a escrita singela e fantástica de Quintana que nos faz refletir sobre o que foi dito. Tem um pouco de humor, um pouco de saudade, um MUITO de amor em todas as suas palavras. Não é um livro pra ser lido uma vez só, e sim pra ser relido, repensado, tirado da estante pra ler uma página aleatória, reler alguns trechos, enfim… Assim como todo “Livro do Desassossego”, um livro sem fim… Pra vida toda!
Amei demais esse livro, que confesso, comprei pelo título que achei bastante instigante! O próprio Quintana o explica:
“Não sei pensar a máquina, isto é, faço o meu trabalho criativo primeiro a lápis. Depois, com o queixo apoiado na mão esquerda, repasso tudo a máquina com um dedo só.
_ Mas isto não custa muito?
_ Custar, custa, mas dura mais”.
E ainda completa: “A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda. Não poderia viajar o mundo inteiro”.
Perfeito e doce, como Quintana. Super recomendo a leitura!
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