Resenha: Leve-Me com Você

Livro: Leve-Me com Você
Autora: Catherine Ryan Hyde
Editora: @darksidebooks
Páginas: 336
Nota: 5/5

August é um pacato professor de ciências do ensino médio que perdeu o filho em um acidente de carro há dois anos. Recém divorciado e meio perdido na vida, decide fazer uma longa viagem de verão que tinha combinado de fazer com seu filho, antes que tudo mudasse para sempre. Logo no início da viagem, seu motor home quebra e enquanto avalia o tamanho de seu prejuízo na oficina, o mecânico Wes lhe faz um pedido desconcertante: se ele podia ficar com seus dois filhos, Seth com 12 anos e Henry com 7, durante o verão pois ele tem que cumprir uma pena de 90 dias na prisão. Em troca o mecânico não cobraria o conserto, ajudando Henry a realizar a viagem que tanto queria fazer.

A princípio é claro que ele decide negar, mas no momento de dizer sua decisão se vê aceitando a oferta absurda e embarca numa jornada que mudará sua vida e a dos dois garotos para sempre. A narrativa da autora é extremamente envolvente e é impossível não se apaixonar pelos personagens tão bem construídos. August é bastante complexo e juntamente com Seth, um garoto extremamente educado e inteligente e Henry, que nunca fala, trazem à tona situações e diálogos (mesmo no silêncio de Henry) profundos e cheios de significado.

Me emocionei em vários momentos da leitura e o livro traz tantas questões pertinentes que é até difícil falar sobre elas. Durante toda a leitura, eu me colocava no lugar dos personagens, me questionando se tomaria as mesmas decisões ou se faria desse ou daquele jeito. Acho que o que fica dessa leitura é a importância das escolhas e como simples gestos, que pensamos tão cotidianos, pode marcar e mudar uma vida ou a perspectiva dessa vida para sempre.

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Minúsculo coração

“Na tarde em que vira uma grande onça destripada no terreiro, o coração se tornara muito pequeno dentro do peito, minúsculo coração de pássaro sem penas, reduzido a presa caída do ninho”

. Micheliny Verunschk in O Som do Rugido da Onça .

Caminho

“Um homem deve seguir seu próprio caminho”

Leia Organa, senadora e personagem de
. George Lucas, Donald F. Glut e James Kahn in Star Wars IV – Uma Nova Esperança.

Rio

“Nunca vira um rio que falasse tantas águas, rio sem margens”.

. Micheliny Verunschk in O Som do Rugido da Onça .

Batalha

“Quando não se pode vencer uma batalha – bem, meu rapaz, sempre existem alternantivas à batalha”

Han Solo, personagem de
. George Lucas, Donald F. Glut e James Kahn in Star Wars IV – Uma Nova Esperança.

Elegância

“Há uma elegância no mundo por vezes despercebida na pressa com que as pessoas vão se acostumando a viver”

. Micheliny Verunschk in O Som do Rugido da Onça .

Ilusões

“Força não manterá o Império unido. Força nunca manteve nada unido por muito tempo. Quanto mais você apertar o pulso, mais sistemas escorrerão pelos seus dedos. Você é um tolo, governador. Homens tolos geralmente se engasgam em suas próprias ilusões”

Leia Organa, senadora e personagem de
George Lucas, Donald F. Glut e James Kahn in Star Wars IV – Uma Nova Esperança.

Resenha: Moisés Negro

Livro: Moisés Negro
Autor: Alain Mabanckou
Editora: @taglivros
Páginas: 224
Nota: 4/5

Este livro foi indicado pelo maravilhoso Mia Couto e traduzido para o português brasileiro pela primeira vez pela TAG livros, e nos apresenta a história de um garoto congolês com um sobrenome ridiculamente grande que nem me atrevo a tentar colocar aqui, mas cuja tradução é “Demos graças a Deus, o Moisés negro nasceu na terra dos ancestrais”. Por isso é conhecido por todos como Moisés.

Ele passa um grande período de sua vida em um orfanato de Loango, cidade próxima a Pointe-Noire, segunda maior cidade da República do Congo e uma cidade portuária. Nesse orfanato, Moisés vai conhecer o amor sob a forma de pequenos gestos de amor de uma funcionária a quem ele admira muito. Sabine Niangue é o mais próximo de uma mãe que Moisés teve e, em um relato que faz ao garoto, nos traz uma forte reflexão sobre preconceito. Uma personagem que me marcou com sua história.

O livro traz esse traço de contar várias histórias dentro de uma e vamos conhecer outros personagens, como o diretor e funcionários do orfanato, a de seu melhor amigo Bonaventure e outros colegas internados e mais pra frente, outros personagens que vai conhecendo ao longo da história. Moisés escapa do Orfanato dado momento, junto com dois irmãos gêmeos que o chama de Pimentinha por conta de uma vingança do garoto contra eles que de certa forma os aproximou e então começa uma vida de pequenos delitos na tentativa de sobreviver na cidade.

O pano de fundo da trama é um país que acabou de sofrer um golpe de estado. E neste contexto, os relatos do autor, vão pontuando a história do Congo com a vida de seus personagens, histórias que dificilmente conheceríamos se não pelas páginas de um livro. A narrativa do autor é irônica e ácida, traz um certo humor mas contrabalanceado com a realidade dura e vívida de uma sociedade esquecida.

É preciso conhecer novas culturas, ler novas realidades, nos faz crescer como seres humanos. Recomendo muito a leitura.

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Sofrer

C3PO e R2D2

“Parece que fomos feitos para sofrer”

C3PO personagem de
. George Lucas, Donald F. Glut e James Kahn in Star Wars IV – Uma Nova Esperança .