
(Volume 2)
Autor: Miguel de Cervantes
Editora: @grupoabril
Páginas: 374
Nota: 4/5
Confesso que, apesar da genialidade narrativa de Cervantes continuar intacta, achei a leitura desse volume mais morosa e me encantei mais pelo volume 1. Pode ser, pela mudança a olhos vistos de Dom Quixote que se mostra mais retido. É nítido que em diversas passagens que, claramente ele buscaria incitar e provocar, neste está menos incisivo.
É possível ver a mudança de sua natureza também através das digressões e diálogos com alguns personagens, onde mostra um intelecto mais aprimorado. Ainda assim, são diversas as cenas dignas de nota ao longo dessa leitura e que tornariam essa resenha infinita. Mas gostaria de destacar algumas que chamaram mais a minha atenção:
O duelo com o Cavaleiro dos Espelhos, que na verdade era vizinho de D. Quixote e estava tentando dissuadí-lo de sua louca empreitada, desafiando-o colocando em cheque a beleza de Dulcinéa, a donzela de nosso protagonista.
O encontro com um casal misterioso que diz conhecê-lo por um livro com seus feitos e decidem recebê-lo com toda pompa e honraria que um cavaleiro merece, apenas para zombar e rir de suas peripécias. O casal inclusive prega uma peça em Sancho Pança, nomeando-o governador de uma ilha.
A novela do “Curioso Impertinente”, a história de um triângulo amoroso contada pelo vigário de uma aldeia, enquanto D. Quixote dorme e sonha com gigantes. É a mais famosa história contada neste volume e que foi inclusive publicada separadamente depois.
Por fim, o duelo final do nosso Cavaleiro da Triste Figura com o Cavaleiro da Lua, nova tentativa do vizinho de D. Quixote em tirá-lo da loucura e que por fim dá certo, já que o vence em frente à uma multidão de expectadores.
Humilhado e derrotado, D. Quixote finalmente retorna à sua casa, ficando doente e melancólico. Em seu leito de morte, recobra a consciência e pede perdão à sua sobrinha e a Sancho que fica a seu lado até o último suspiro!
Recomendadíssimo!!
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