Resenha: Prazer em Queimar

Autor: Ray Bradbury
Editora: @editorabibliotecaazul
Páginas: 413
Nota: 5/5
Não sei se consigo fazer uma resenha a altura desse livro fantástico e que deveria ser lido e conhecido por todos! Prazer em Queimar é uma reunião de 16 contos que deram origem ao clássico e maravilhoso Fahrenheit 451, incluindo “O Bombeiro”, ponta pé inicial sobre uma sociedade que queima livros e persegue quem os tenta proteger.
Os contos trazem temas que perpassam pela pós-morte, a liberdade e a falta dela, a opressão e a repressão, a censura, a arte e a necessidade sempre angustiada de manter a memória. Entre alguns contos curtos, e outros um tanto maiores, você vai sendo socado por frases e trechos que surgem do nada em diálogos extremamente bem elaborados pelo autor e que trazem uma profunda reflexão. É um autor que sabe muito bem utilizar os diálogos para passar mensagens importantes.
Esse livro sensacional trata sobre a intolerância, a ignorância cega e um futuro que não está nem um pouco longe de acontecer. São questões importantíssimas recheadas de referências a livros queridos, autores maravilhosos e muita angústia e dor se você é um apaixonado por livros. É simplesmente doloroso assistir as atitudes de intolerância e não só com livros, mas com todo o tipo de arte e aquilo que nos torna mais humanos.
É difícil destacar os melhores contos, já que todos tem a sua importância e trazem alguma mensagem necessária, mas alguns mexeram mais comigo, como “O lixeiro”, “O sorriso” e o meu favorito “Para o futuro” que faz parte dos 3 contos extras do livro e que me pareceram tratar de uma realidade pós-Fahrenheit 451.
Além desses, os contos “Muito depois da Meia-Noite” e “O Bombeiro”, que são praticamente versões anteriores do livro, trazem a oportunidade de observar o trabalho do autor com o texto e o seu amadurecimento, o que foi uma experiência muito bacana.
Me basta apenas recomendar essa obra fortemente!
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