Resenha: Star Wars IV – Uma Nova Esperança

Livro: Star Wars – IV: Uma Nova Esperança
Autores: George Lucas, Donald F. Glut e James Kahn
Editora: @darksidebooks
Páginas: 201
Nota: 5/5
📚LC @nerdvino

O livro da @darksidebooks traz a compilação da trilogia original de Star Wars e foi escrito a partir dos roteiros dos filmes. Esta resenha é apenas do livro um e já começa com a nave da Senadora Leia Organa sendo atacada sob a acusação de fazer parte da Aliança Rebelde, um movimento contra o Império que se impõe com um regime totalitário sobre toda a galáxia.

Entre os oficiais do mais alto escalão do império está Darth Vader, o “vilão” dessa história e que consegue prender Leia e a está torturando em busca de informações sobre a Aliança Rebelde e acusando-a de roubar informações sobre a Estrela da Morte, uma arma bélica imperialista capaz de destruir planetas inteiros.

Leia realmente tem essas informações e as mantém seguras dentro do androide (meu favorito da vida todinha) R2D2 e o envia juntamente com C-3PO para o planeta Tatooine, onde um dos últimos Jedis, Ben Kenobi, reside. Perdidos no planeta, os andróides acabam encontrando o jovem Luke Skywalker e ele consegue visualizar a mensagem de Leia, saindo em busca de mais informações e encontrando Kenobi no caminho.

Com Ben, Luke acaba descobrindo muitas informações que seus tios que o criaram escondiam, sobre seu passado e origem, já que o jedi era amigo de seu pai. Ben acaba se tornando um mestre para Luke e ensinando algumas coisas durante essa jornada, formando um elo de amizade importantíssimo para o rapaz.

O grupo tem sucesso nessa primeira batalha que é tão emocionante descrita em palavras, quanto a cena das telas e o episódio termina com a famosa cerimônia de agradecimento a Luke, Han e Chewie pela imensa ajuda à causa rebelde!

A narrativa é super fluída e é como estar vendo o filme. Importante ressaltar, numa história de muitos anos atrás, a importância, força e inteligência de personagens femininas equivalente (e em alguns casos até maior) a papéis masculinos, como Leia.

Super recomendo!!
#blogentreaspas#ficçãocientífica#starwars#newhope

Resenha: O Homem que Caiu na Terra

Livro: O Homem que Caiu na Terra
Autor: Walter Tevis
Editora: @darksidebooks
Páginas: 224
Nota: 4/5

É uma ficção científica de escrita elegante e que nos conta a jornada de Thomas Jerome Newton, um extraterrestre do planeta Anthea que vem para a Terra com o objetivo de salvar sua população da extinção por falta de recursos naturais. Newton passou por um treinamento de 10 anos para conseguir parecer-se com um ser humano, aprendendo as línguas e como se relacionar através de programas de rádios e televisão que conseguiam ser captados em seu planeta.

Ao chegar ao planeta Terra, com sua inteligência superior a dos seres humanos, começa a colocar o seu plano em ação, se tornando um empresário de sucesso e conseguindo os subsídios necessários para construir uma nave que buscaria os antheanos. Porém após alguns anos de convivência em nosso planeta, ele começa a perceber as diferenças entre o que assistia e ouvia nos programas em seu treinamento e a realidade da natureza humana e começa a refletir sobre sua missão e se ela realmente fazia sentido.

“Sentiu nojo, cansado deste lugar barato e alienígena, essa cultura berrante, vocal, sem raízes e sensual, esse agregado de macacos espertos, incomodados e egoístas – vulgares e indiferentes”.

Decepcionado, cansado, longe de casa e se sentindo cada vez mais sozinho, começa a se descuidar de seu disfarce, chamando a atenção do Governo. É um livro de leitura rápida e apesar de ter algumas explicações científicas, não é cansativo, pois tudo é tão interessante que você quer logo chegar ao final e descobrir o desfecho dessa trama. O personagem Newton é extremamente bem construído, demonstrando sentimentos humanos como medo, angústia, solidão e nos fazendo facilmente ter empatia e torcer para que seu objetivo seja alcançado.

O final me abalou emocionalmente, é um livro que apesar de tranquilo, carrega uma tristeza nas críticas sutis ao nosso comportamento humano e em relação à vida do planeta. Newton demonstra mais humanidade e preocupação com o destino da Terra e de suas riquezas naturais do que muitos humanos que conhecemos.

Vale muito a pena a leitura!

#blogentreaspas#ficçãocientífica#generofavorito#leia

Resenha: Oito Detetives

Livro: Oito Detetives
Autor: Alex Pavesi
Editora: @faroeditorial
Páginas: 285
Nota: 4/5

O matemático Grant McAllister escreveu sete histórias de detetive utilizando regras e teorias matemáticas, calculando as diferentes possibilidades de uma história de mistério e assassinato. Intitulou essas histórias de “Assassinatos Brancos” e por mais de 20 anos elas pareceram perfeitas e intactas aos olhos de todos. No entanto, uma editora esperta e ambiciosa, Júlia Hart decide que quer republicar o livro do autor, mas ao ler as histórias começa a notar coincidências que lembram muito um assassinato que aconteceu na vida real, muito próximo da data do primeiro lançamento do livro.

Conforme ela vai lendo as histórias e as discutindo com Grant, nós leitores também temos acesso ao essencial de cada uma delas o que torna a leitura extremamente empolgante, pois cada um dos casos é cheio de mistérios e reviravoltas e não tem como não querer saber como cada um deles se resolve e como cada um deles faz parte de um quebra cabeça ainda maior e mais sério. A sensação é que você tem vários livros dentro de um mesmo livro e você mergulha tanto em cada história que até se perde quando volta a original.

A narrativa do autor é bastante fluída e traz todos os ingredientes de um bom livro de investigação e assassinato: vítimas, suspeitos, detetives, crimes “perfeitos” e muito mistério e suspense. Os diálogos de Júlia e Grant são muito estimulantes, pois ambos se mostram extremamente inteligentes e disputam uma batalha intelectual que está além dos livros e suas histórias, mas na busca por encobrir ou encontrar um assassinato real.

Para todos aqueles que curtem uma boa história de investigação à lá Agatha Christie e Sherlock Holmes, esse livro é uma ótima pedida. Achei o enredo extremamente original e o desfecho é totalmente surpreendente. Apesar de todas as minhas teorias, que fui elaborando ao longo das histórias, não consegui chegar à conclusão final real.

Super recomendo a leitura!
#blogentreaspas#oitodetetives#parceria#faroeditorial#leia

Resenha: 20 Mil Léguas Submarinas

Livro: 20 mil léguas submarinas
Autor: Jules Verne
Editora: @editorazahar
Páginas: 456
Nota: 5/5 (💜)

O lviro é narrado pelo Professor Arronnax, um estudioso naturalista que é convidado a participar de uma expedição em busca de um estranho animal que tem sido visto em várias partes do mundo. Muitas teorias são elaboradas, mas quando a embarcação finalmente se depara com o “animal”, Arronnax, seu fiel auxiliar Conselho e Ned Land, um exímio arpoador, são lançados ao mar e descobrem que o animal é na verdade o submarino Nautilus. Dentro da embarcação submarina gigantesca vão participar de diversas expedições pelo fundo do mar, nos presenteando com aventuras e descrições simplesmente fantásticas.

Verne se baseia bastante na ciência da época para escrever esse livro, explicando em mínimos detalhes o funcionamento das tecnologias do extraordinário Náutilus, misturando com sua infinda criatividade e imaginação. Além disso, durante as expedições feitas ao fundo do mar, são mais inúmeras classificações das espécies encontradas, o que claro, torna a leitura em alguns pontos mais morosa, mas jamais maçante. Esse é um ponto que divide os leitores e acaba afastando alguns do autor, o que é uma pena, pois vencidos esses momentos, essa história traz momentos singulares e uma experiência narrativa primorosa.

Além disso, capitão Nemo e todos os mistérios que envolvem seu personagem, são extremamente cativantes e você passa o livro querendo desvendar um pouco mais de sua história. Fica muito claro em algumas de suas falas, que não pretende voltar nunca ao convívio da humanidade e que por ela alimenta um desprezo sem fim. O motivo desses sentimentos intensos de ódio no entanto não são esclarecidos, embora no prefácio desta edição maravilhosa da Zahar, entendemos um pouco mais sobre e o porquê de Verne tê-lo mantido tão misterioso e sem tantas explicações durante toda a jornada submarina. O que na minha opinião, deixou tudo ainda mais empolgante! É realmente uma experiência literária fantástica!!

Super recomendo! ⚓️🌊🐳🐠🦈🐡🐙

#blogentreaspas#ficçãocientífica#nautilus#capitãonemo

Histórias do Meio do Mundo

Por EVELYN RUANI
Blog: http://blogentreaspas.com
Instagram: @blog_entreaspas
Email: entreaspasb@gmail.com

Hoje conheceremos melhor a autora Julianne Veiga e seu livro Histórias do Meio do Mundo. Julianne Veiga nasceu em dezembro de 1957, na cidade de Goiás, onde voltou a residir  no final de 2010. É casada, mãe de três filhos e avó quatro vezes. Aguarda para dezembro a chegada de mais uma neta. Bacharel em Comunicação Social e Direito pela UFG, tem contos e crônicas publicadas pela Gueto, revista online de literatura. Participou das coletâneas Literatura Goyas – Antologia 2015, Ed Livres Pensadores, e Histórias de ternura, Ed Kelps, 2015. Histórias do Meio do Mundo é seu livro de contos de estreia, publicado pela Editora Patuá, em março de 2021.

Vem comigo conhecer um pouco mais dessa autora:

Como a literatura entrou em sua vida?

Sempre gostei de ler. A leitura nos leva a fazer experiências impensadas, a ver o mundo pelo olhar do outro, a visitar lugares diferentes, a viver situações novas e a conhecer verticalmente variados tipos humanos. Assim, foi como leitora que a literatura entrou em minha vida.Muito depois, aposentada, senti vontade de escrever de forma livre. Fui me reorganizando, me reinventando, melhor dizendo. Comecei escrevendo sobre o que me trazia a memória espontânea até ganhar confiança e ousar. Hoje, percebo, tenho lido menos depois que passei a escrever mais. No entanto, a leitora e a escritora convivem bem e dividem o tempo com harmonia, deixando, inclusive, sobrar espaço para que a bordadeira também se expresse.

Como é sua rotina para escrever? Você tem alguma rotina para escrever, alguma disciplina, um horário determinado ou escreve quando surge oportunidade?

Não tenho tido uma rotina de escrita, seguindo um horário e local determinados. Uso mais o tablet, o que facilita para que eu escreva em qualquer lugar e momento. No entanto, durante a escrita gosto de estar só para que tudo flua sem apartes. No início, procurei criar uma rotina diária de escrita, até, provavelmente, para dar sequência àquela de antes, técnico/profissional, com a qual estava acostumada. Acabei por abandonar este hábito, talvez, como uma espécie de rebeldia inútil. Acredito que será bom reativar o propósito.

Continue lendo “Histórias do Meio do Mundo”

Resenha: Jane Eyre

Livro: Jane Eyre
Autora: Charlote Brönte
Editora: @editorazahar
Páginas: 536
Nota: 5/5 💜

Jane Eyre é um romance de formação e uma autobiografia que traz vários elementos da literatura gótica na ambientação, nas construções e nos acontecimentos misteriosos que acompanham a trama do livro. A história é certamente incomum e bastante revolucionária desde o início já que Jane contraria os costumes da época nos quais as mulheres tinham como propósito absoluto casar.

Jane é órfã e desde criança, quando se vê maltratada pela tia e primos, se rebela exigindo ir para um orfanato onde também se vê controlada e passando por dificuldades relacionadas aos ditames da sociedade. Cansada de estar à mercê da vontade de todos, decide trabalhar e ser dona de seu próprio destino. Acaba sendo preceptora de uma garota numa propriedade chamada Thornfield Hall, onde é super bem recebida e sente que encontra um lar pela primeira vez em sua vida.

Nesta propriedade conhece seu patrão, Sr. Rochester, com quem desenvolve uma amizade que enreda ao amor e testemunha acontecimentos estranhíssimos que culminarão na descoberta de um segredo que selará seu destino. Jane se mostra uma personagem consciente de que merece mais e que se opõe a desempenhar um papel preestabelecido pela sociedade.

Ela passa por privações terríveis, é tratada como um ser sem valor, não é bonita, não é rica e não tem a quem recorrer além dela mesma e ainda assim se recusa a galgar um lugar na sociedade através do casamento. Esses pontos, por si só, foram suficientes pra que eu a admirasse, mas, além disso, Charlotte escreve o livro falando diretamente com o leitor, um recurso literário que adoro e me aproxima da trama.

É impossível não se afeiçoar a Jane e torcer para que tenha sucesso em suas aspirações. E muito embora, no fim, ela tenha se casado, isso foi feito por livre escolha e não como uma salvação, já que sua vida já estava estabelecida por seus próprios esforços e méritos. Não há como negar a genialidade da autora ao conhecer essa narrativa poderosa.

Recomendo muitíssimo!!
#blogentreaspas#literaturainglesa#leiamaismulheres 🌹

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