Depois de 2 anos de Pandemia e sem participar de nenhum evento presencial de livros, eis que chega a tão esperada Bienal do Livro de SP (@bienaldolivrosp) e eu nem fazia ideia do tanto de saudade que eu estava de um evento desse porte voltado ao mundo dos livros. A Doida da Bienal entrou em ação e espero conseguir colocar em palavras um pouquinho do que foi participar desse evento tanto a passeio como a trabalho.
No primeiro final de semana a fila para entrar no evento já estava virando os quarteirões e isso me deixa bastante emocionada já que vivemos nesse país com pouco incentivo e o com o índice de leitura bem baixo. Eu sei que sou suspeita para falar, mas o encantamento que esse evento produz é real e digam o que quiserem, é um local mágico de encontro de leitores, autores, profissionais da área (me incluo como bibliotecária com muito orgulho), e muitas trocas de experiências! É um espaço que proporciona muita interação do mundo literário e eu fico sempre muito feliz de ver aquele galpão lotado de gente em busca de cultura, conhecimento, e aprendizado para a vida!
Tem atrações para todas as idades, gêneros literários para todos os gostos. Este ano o local mudou para o Expo Center Norte e claro que nem tudo foram flores. A organização não foi das melhores, achei o local menor e mais apertado, os estandes estavam bem pequenos para a quantidade de pessoas que estavam visitando o local e acredito que por ter sido em período de férias e um dos finais de semana ter um feriado ajudou a, além de esgotar os ingressos (um sucesso total), lotar os stands a ponto de ter fila apenas para visitar! Foi um sufoco em alguns dias mas nada que ofusque o brilho e a alegria de estar rodeado de livros e encontrando pessoas tão apaixonadas como você!
Coraline, foi o primeiro livro que Neil Gaiman escreveu para o público infanto-juvenil e já acertou na mão!! É o tipo de livro que tem todo o esteriótipo do livro infantil, mas que não tem idade certa para a leitura. Ele é para todas as idades, e o mais genial é que cada idade vai entender aquilo que é necessário entender da história naquele momento. Porque Neil Gaiman conta uma história nas linhas e outra nas entrelinhas, criadas para encantar e assombrar.
“Você provavelmente acha que este mundo é um sonho bonito, mas você está errada”.
A história começa com Coraline se mudando para uma nova cidadezinha com seus pais. Eles passam a morar em uma casa antiga, tão grande que foi dividida em quatro apartamentos vendidos separadamente. Apenas um deles ainda não foi vendido e está fechado. Nos demais moram Coraline e a família, duas senhoras ex-atrizes e um senhor que diz treinar ratos para um número de circo. Coraline vive explorando sua nova casa, enquanto seus pais trabalham e não tem muito tempo pra ela. Em uma das brincadeiras para se distrair, ela conta quantas portas a casa possui e descobre uma porta misteriosa que quando aberta dá para uma parede de tijolos que separa sua casa do apartamento vazio.
“– Gatos não têm nomes – disse. – Não? – perguntou Coraline. – Não – respondeu o gato. – Agora, vocês pessoas têm nomes. Isso é porque vocês não sabem quem vocês são. Nós sabemos quem somos, portanto não precisamos de nomes”.
Num dia chuvoso, sozinha em casa, Coraline decide checar essa porta novamente e descobre que a parede de tijolos sumiu e em seu lugar está uma passagem escura que a leva para sua própria casa, só que bem mais divertida e atraente. Nela, encontra seus pais, um pouco diferentes, com botões no lugar dos olhos e aparentemente bem mais afetuosos e com tempo pra ela. O gato que foge dela na casa de antes, nesta casa até conversa com ela, e ela finalmente conhece os ratos de circo que o Senhor insistia que treinava, mas que ela nunca tinha visto. Tudo é muito melhor que o original nessa nova versão de seu lar e seus pais diferentes querem convencê-la a ficar e colocar botões em seus olhos. Apesar de todas as coisas boas desse lugar mágico, Coraline sente que tem algo errado e recusa a oferta, se vendo em apuros e tendo que enfrentar desafios para sair daquele lugar e salvar seus pais verdadeiros.
“Cuidado com o que você deseja”.
É uma história grandiosa contada com simplicidade e poesia, os acontecimentos vão sendo descritos com uma sutileza tenebrosa. São retalhos dos nossos próprios medos. As personagens são profundas e inesquecíveis, nos fazendo refletir sobre as muitas faces que cada um esconde sobre sutilezas e sorrisos e os diálogos, mesmo os mais pequenos, tem sempre muito a dizer.
Do início ao fim do livro você é colocado a refletir sobre o que é real e o que não é e como as pessoas não conseguem esconder de todo suas verdadeiras naturezas. Me encantou muito como ele construiu a personagem Coraline, que apesar de ser uma criança, é extremamente esperta e consegue pressentir perigos e reconhecer certas situações com grande clareza. Sinto que as crianças são muito subestimadas hoje em dia e acabam crescendo sem atitude e pouco criativas por conta disso. Gaiman confiou que Coraline seria capaz, nós leitores também confiamos, embora com medo. Mas como ela mesma diz…
“Quando você tem medo e faz mesmo assim, isso é coragem”.
Super recomendo a leitura!!!
Vou ficar muito feliz se me escreverem contando o que acharam da leitura!! E se por acaso quiserem alguma leitura específica, podem me pedir pelo email!! Boa semana e ótimas leituras!!
EVELYN RUANI Bibliotecária e leitora compulsiva! Apaixonada por livros e palavras. SERVIÇO Blog: http://blogentreaspas.com Instagram: @blog_entreaspas Email: entreaspasb@gmail.com
De todos os sentidos, o mais importante para a aprendizagem do amor, da vida em conjunto e da cidadania é a audição. Disse o escritor sagrado: “No princípio era o verbo”. Eu acrescento: “Antes do verbo, era o silêncio”. É do silêncio que nasce o ouvir.
Só posso ouvir a palavra se meus ruídos interiores forem silenciados. Só posso ouvir a verdade do outro se eu parar de tagarelar. Quem fala muito não ouve. Sabem disso os poetas, esses seres de fala mínima. Eles falam, sim -para ouvir as vozes do silêncio.
Veja esse poema de Fernando Pessoa, dirigido a um poeta: “Cessa o teu canto!/ Cessa, que, enquanto/ O ouvi, ouvia/ Uma outra voz/ Com que vindo/ Nos interstícios/ Do brando encanto/ Com que o teu canto/ Vinha até nós.// Ouvi-te e ouvi-a/ No mesmo tempo/ E diferentes/ Juntas cantar./ E a melodia/ Que não havia./ Se agora a lembro,/ Faz-me chorar”. A magia do poema não está nas palavras do poeta. Está nos interstícios silenciosos que há entre as suas palavras. É nesse silêncio que se ouve a melodia que não havia. Aí a magia acontece: a melodia me faz chorar.
Não nos sentimos em casa no silêncio. Quando a conversa pára por não haver o que dizer, tratamos logo de falar qualquer coisa, para pôr um fim ao silêncio. Vez por outra tenho vontade de escrever um ensaio sobre a psicologia dos elevadores. Ali estamos, nós dois, fechados naquele cubículo. Um diante do outro. Olhamos nos olhos um do outro? Ou olhamos para o chão? Nada temos a falar. Esse silêncio é como se fosse uma ofensa. Aí falamos sobre o tempo. Mas nós dois bem sabemos que se trata de uma farsa para encher o tempo até que o elevador pare.
Os orientais entendem melhor do que nós. Se não me engano, o nome do filme em que vi esta cena é “Aconteceu em Tóquio”. Duas velhinhas se visitavam. Por horas ficavam juntas, sem dizer uma única palavra. Nada diziam porque no seu silêncio morava um mundo. Faziam silêncio não por não ter nada a dizer, mas porque o que tinham a dizer não cabia em palavras. A filosofia ocidental é obcecada pela questão do ser. A filosofia oriental, pela questão do vazio, do nada. É no vazio da jarra que se colocam flores.
O aprendizado do ouvir não se encontra em nossos currículos. A prática educativa tradicional se inicia com a palavra do professor. A menininha, Andréa, voltava do seu primeiro dia na creche. “Como é a professora?”, sua mãe lhe perguntou. Ao que ela respondeu: “Ela grita…”. Não bastava que a professora falasse. Ela gritava. Não me lembro de que minha primeira professora, dona Clotilde, tivesse jamais gritado.
Mas me lembro dos gritos esganiçados que vinham da sala ao lado. Um único grito enche o espaço de medo. Na escola, a violência começa com estupros verbais. Milan Kundera conta a estória de Tamina, uma garçonete: “Todo mundo gosta de Tamina. Porque ela sabe ouvir o que lhe contam. Mas será que ela ouve mesmo? Não sei… O que conta é que ela não interrompe a fala. Vocês sabem o que acontece quando duas pessoas falam. Uma fala e outra lhe corta a palavra -“É exatamente como eu, eu…’- e começa a falar de si, até que a primeira consiga, por sua vez, cortar -“É exatamente como eu, eu…”.
Essa frase parece ser uma maneira de continuar a reflexão do outro, mas é um engodo. É uma revolta brutal contra uma violência brutal: um esforço para libertar o nosso ouvido da escravidão e ocupar, à força, o ouvido do adversário. Pois toda a vida do homem entre os seus semelhantes nada mais é do que um combate para se apossar do ouvido do outro”.
Será que era isso o que acontecia na escola tradicional? O professor se apossando do ouvido do aluno (pois não é essa a sua missão?), penetrando-o com a sua fala fálica e estuprando-o com a força da autoridade e a ameaça de castigos, sem se dar conta de que no ouvido silencioso do aluno há uma melodia que se toca. Talvez seja essa a razão por que há tantos cursos de oratória, procurados por políticos e executivos, mas não de “escutarória”. Todo mundo quer falar. Ninguém quer ouvir.
Todo mundo quer ser escutado. (Como não há quem os escute, os adultos procuram um psicanalista, profissional pago do escutar.) Toda criança também quer ser escutada. Encontrei, na revista pedagógica italiana “Cem Mondialità” a sugestão de que, antes de iniciarem as atividades de ensino e aprendizagem, os professores se dedicassem por semanas, talvez meses, a simplesmente ouvir as crianças. No silêncio das crianças, há um programa de vida: sonhos. É dos sonhos que nasce a inteligência. A inteligência é a ferramenta que o corpo usa para transformar os seus sonhos em realidade. É preciso escutar as crianças para que a sua inteligência desabroche. Sugiro então aos professores que, ao lado da sua justa preocupação com o falar claro, tenham também uma preocupação com o escutar claro. Amamos não a pessoa que fala bonito, mas a pessoa que escuta bonito. A escuta bonita é um bom colo para uma criança se assentar…
Folha de S. Paulo, 21 de dezembro de 2004
Rubem Alves, 71, que um menininho descreveu como “um homem que gosta de ipês amarelos”, e um outro, como “um velhinho que conta estórias”, relê bem devagar o “Livro do Desassossego”, de Bernardo Soares (Fernando Pessoa), uma obra que nunca se termina de ler.
Um dos exemplos mais emblemáticos de bibliotecários em quadrinhos tem que ser Barbara Gordon, mais conhecida por seu pseudônimo, Batgirl. Estreando na década de 1960, o trabalho diurno da Batgirl é como bibliotecária-chefe na biblioteca pública de Gotham, mas ela também é uma super-heroína que ajuda Batman em seus esforços de combate à criminalidade. Depois que ela foi baleada e paralisada pelo Coringa no controverso “Batman: The Killing Joke”, de Alan Moore, Barbara Gordon passou a ser Oracle, uma super-heroína que não permitiu que sua deficiência a impedisse de fazer uso do computador e habilidades de busca por informações como parte dos “Birds of Prey”. Em ambas encarnações, ela fez uso das competências que ganhou como bibliotecária para apoiar suas missões como uma super-heroína.
Os livros e os dias: um ano de leituras prazerosas de Alberto Manguel!
Nesta obra, o escritor Argentino, narra em formato de diário pessoal uma experiência ímpar de reler um grande romance por mês, durante um ano. Podemos assim dizer, um ano literário, em que ele registra comentários e reimpressões sobre grandes clássicos. Por se tratar de um diário, ao reler as obras de grandes escritores o autor as relaciona à vida cotiana, permitindo ao leitor um olhar sob novas perspectivas de temas atuais e importantes. Manguel é capaz de construir, através de suas observações e imaginação, paralelos entre as histórias de cada mês, fazendo com que cada livro encaminhe a outro, que os escritores dialoguem entre si, e cada personagem da literatura habite o mundo real. “Os livros e os dias” remete o leitor há séculos passados ajudando-o a clarear o dia a dia em um mundo conturbado e repleto de indagações. A leitura permite a reflexão profunda sobre o mundo contemporâneo, caótico e intrigante. Bem vindo a 2019, o novo ano literário!
Não deixe de ler!
Ler é maravilhoso!
O livro no Brasil vive seus dias mais difíceis. Nas últimas semanas, as duas principais cadeias de lojas do país entraram em recuperação judicial, deixando um passivo enorme de pagamentos em suspenso. Mesmo com medidas sérias de gestão, elas podem ter dificuldades consideráveis de solução a médio prazo. O efeito cascata dessa crise é ainda incalculável, mas já assustador. O que acontece por aqui vai na maré contrária do mundo. Ninguém mais precisa salvar os livros de seu apocalipse, como se pensava em passado recente. O livro é a única mídia que resistiu globalmente a um processo de disrupção grave. Mas no Brasil de hoje a história é outra. Muitas cidades brasileiras ficarão sem livrarias e as editoras terão dificuldades de escoar seus livros e de fazer frente a um significativo prejuízo acumulado.
As editoras já vêm diminuindo o número de livros lançados, deixando autores de venda mais lenta fora de seus planos imediatos, demitindo funcionários em todas as áreas. Com a recuperação judicial da Cultura e da Saraiva, dezenas de lojas foram fechadas, centenas de livreiros foram despedidos, e as editoras ficaram sem 40% ou mais dos seus recebimentos— gerando um rombo que oferece riscos graves para o mercado editorial no Brasil.
Na Companhia das Letras sentimos tudo isto na pele, já que as maiores editoras são, naturalmente, as grandes credoras das livrarias, e, nesse sentido, foram muito prejudicadas financeiramente. Mas temos como superar a crise: os sócios dessas editoras têm capacidade financeira pessoal de investir em suas empresas, e muitos de nós não só queremos salvar nossos empreendimentos como somos também idealistas e, mais que tudo, guardamos profundo senso de proteção para com nossos autores e leitores.
“Há alguns anos tenho um sonho recorrente. Estou em uma biblioteca – pouco iluminada tal como era a minha na França, com abajures verdes, teto alto, quase invisível – e caminho implacavelmente pelos corredores cobertos de livros, imaginando quais os volumes que distingo pela lombada. Percebo que esses livros imaginários são um sonho no sonho e começo a reconstruir mentalmente os textos que acredito ter lido, os que eu gostaria de ler um dia ou os que li e esqueci, em um tipo de ressurreição forçada”.
“O ato essencial da guerra é a destruição, não necessariamente de vidas humanas, mas dos produtos do trabalho humano. A guerra é uma forma de despedaçar, de projetar para a estratosfera ou de afundar nas profundezas do mar materiais que, não fosse isso, poderiam ser usados para conferir conforto excessivo às massas e, em consequência, a longo prazo, torná-las inteligentes demais”.
“Imaginei que não aceitaria.” Assim começa o texto de abertura de Correio para Mulheres, em que o renomado jornalista Alberto Dines lembra como fez o convite para Clarice Lispector ser a ghost writer de uma coluna feminina no Diário da Noite. Mas, para a surpresa dele e de muitos leitores de um dos maiores nomes da literatura brasileira, a escritora aceitou.Corria o ano de 1960 e Clarice, então recém-divorciada e com dois filhos pequenos, passou a escrever os textos publicados com a assinatura da estrela de TV Ilka Soares.
Tendo reconhecido que sobre grande parte de O morro dos ventos uivantes paria “o horror das trevas”, que em sua atmosfera tempestuosa e elétrica por vezes temos a impressão de respirar relâmpagos, permitam-me indicar aqueles pontos em que a luz de um dia nublado e o sol eclipsado ainda atestam sua existência. Para um espécime de verdadeira benevolência e prosaica fidelidade, vejam a personagem de Nelly Dean; para um exemplo de constância e ternura, observem a de Edgar Linton. (Alguns pensarão que essas qualidades não reluzem tanto encarnadas num homem como o fariam numa mulher, mas Ellis Bell¹ nunca pôde ser levada a compreender essa noção: nada a perturbava mais que qualquer insinuação de que a fidelidade e a clemência, a paciência e amorosa bondade, consideradas virtudes nas filhas de Eva, tornam-se fraquezas nos filhos de Adão. Ela sustentava que misericórdia e perdão são atributos mais divinos do Grande Ser que fez tanto o homem como a mulher, e que o que reveste a divindade de glória não pode desonrar nenhuma forma de débil humanidade). Há um humor seco e amargo na delineação do velho Joseph, e alguns lampejos de graça e bom humor animam aCatherine mais jovem. E tampouco a primeira heroína com esse nome é desprovida de certa estranha beleza em sua paixão pervertida e em sua perversidade apaixonada.
Heathcliff, de fato, permanece não redimido; nunca se desvia de seu curso certeiro rumo à perdição, desde o momento em que “a coisinha morena de cabelo preto, tão escura que mais parece ter vindo do Diabo”, foi desenrolada da trouxa e posta de pé na cozinha da casa até a hora em que Nelly Dean encontrou o cadáver, firme e sinistro, deitado de costas nas cama com painéis, com olhos arregalados que pareciam “zombar de sua tentativa de fechá-los, e lábios entreabertos com dentes brancos e afiados que zombavam também”. Heathcliff revela um único sentimento humano, e não é seu amor que poderia ferver e fulgurar na perversa essência de um gênio mau, um fogo que poderia formar o cerne atormentado, a alma em perpétuo sofrimento de um senhor do mundo infernal; e que, por sua insaciável e incessante devastação, promove a execução da sentença que o condena a carregar o Inferno consigo para onde quer que vá. Não. O único elo que vincula Heathcliff à humanidade é o afeto que rudemente confessa sentir por Hareton Earnshaw – o jovem a quem arruinou; e sua semi-insinuada estima por Nelly Dean. Se omitirmos esses traços isolados, diríamos que ele não era filho nem de um lascar nem de um cigano, mas uma forma de homem animada por uma vida demoníaca.
Se é certo ou aconselhável criar seres como Heathcliff, não sei: não creio que seja. Mas disso eu sei: o escritor dotado da dádiva criativa possui algo que nem sempre domina – algo que por vezes, estranhamente, deseja e age por si mesmo.
Currer Bell in Prefácio do Organizador à Nova Edição de O Morro dos Ventos Uivantes
¹ Nome que Emily Brönte utilizou para publicar pela primeira vez, em 1847, O Morro dos Ventos Uivantes.