12.03[22] – Dia do Bibliotecário

“Toda vida sonhei ser bibliotecário – disse. É a única coisa para que sirvo”. #GabrielGarciaMarquez in Do Amor e Outros Demônios.

Comemora-se no dia 12 o Dia do Bibliotecário em homenagem ao engenheiro e bibliotecário por vocação, Manuel Bastos Tigre. Ele nasceu no dia 12 de março de 1882 e, ao terminar o curso de Engenharia, em 1906, resolveu fazer aperfeiçoamento em eletricidade, no Estados Unidos. Uma vez lá, conheceu o bibliotecário Melvil Dewey, que instituiu o Sistema de Classificação Decimal.

Este encontro foi decisivo na sua vida, porque, em 1915, aos 33 anos de idade, largou a engenharia para trabalhar com biblioteconomia. Prestou concurso para bibliotecário do Museu Nacional do Rio de Janeiro e se classificou em primeiro lugar, com o estudo sobre a Classificação Decimal. Transferido, em 1945, para a Biblioteca Nacional, onde ficou até 1947, assumiu depois a direção da Biblioteca Central da Universidade do Brasil, na qual trabalhou, mesmo depois de aposentado.

➡️Fonte: @ibgeoficial

Na foto, separei alguns dos livros que tenho aqui em casa sobre bibliotecas:

📚 Encaixotando minha biblioteca #AlbertoManguel:
No verão de 2015, Alberto Manguel se preparou para mais uma mudança. Nesse momento, o escritor começa a relembrar sua relação com os livros e as bibliotecas (públicas e privadas) que já passaram por sua vida.

📚Biblioteca #LuisMilanesi:
Uma nova proposta para a biblioteconomia: é o que Luís Milanesi, professor da Universidade de São Paulo, trouxe com esta obra.

📚Bibliotecas no Mundo Antigo #LionelCasson:
Esta deliciosa obra conta a história das bibliotecas antigas desde suas origens, quando “livros” eram tábuas de cerâmica e a escrita, um fenômeno novo.

📚 A Biblioteca A Noite #AlbertoManguel:
Os valores e sentidos representados no ato de colecionar livros são esmiuçados: afinal, ao longo da história as bibliotecas simbolizaram as aspirações e pesadelos mais díspares da humanidade.

Tenho muito orgulho de ser bibliotecária e desejo a todos que escolheram essa profissão maravilhosa um FELIZ DIA DO BIBLIOTECÁRIO 🥰📚❤

_______________________📖
#blogentreaspas#diadobibliotecário#amoserbibliotecária

12.03[21] – Dia do Bibliotecário

Biblioteca do Submarino Nautilus – 20 Mil Léguas Submarinas #JulesVerne

“Era uma biblioteca. Contornando a sala, estantes altas em jacarandá escuro, incrustradas com peças de cobre, abrigavam um grande número de livros, uniformemente encadernados sobre compridas prateleiras, terminando na base em amplos e confortáveis divãs estofados em couro marrom. Leves carteiras móveis, aproximando-se e afastando-se à vontade, permitiam descansar o livro a ser lido. No centro, alguns periódicos já amarelecidos. A luz elétrica inundava toda aquele harmonioso conjunto, tombando de quatro globos foscos parcialmente embutidos nas volutas do teto. Sem acreditar no que via, eu contemplava com genuína admiração aquele aposento tão inteligentemente planejado.

_Capitão Nemo – eu disse ao meu anfitrião, que acabava de se acomodar num divã _, eis uma biblioteca que honraria mais de um palácio dos continentes. E pensar que ela pode acompanhá-lo às mais ermas profundezas… “

. Jules Verne in 20 Mil Léguas Submarinas .

Parabéns a todos os Bibliotecários que assim como eu, são apaixonados pela sua profissão e transmitem o amor aos Livros ♥️♥️♥️

10.12 – Centenário CLARICE LISPECTOR

Eu poderia tentar escrever algo sobre essa mulher que tanto admiro, mas minhas palavras jamais fariam juz a tudo que ela representa, então escolhi as próprias palavras dela para essa singela homenagem, que com certeza, exprimem quem ela era muito melhor do que eu jamais faria…

“Um nome para o que sou, importa muito pouco. Importa o que eu gostaria de ser. O que eu gostaria de ser era uma lutadora. Quero dizer, uma pessoa que luta pelo bem dos outros. Isso desde pequena eu quis.Porque foi o destino me levando a escrever o que já escrevi, em vez de também desenvolver em mim a qualidade de lutadora que eu tinha? Em pequena, minha família por brincadeira chamava-me de “a protetora dos animais”. Porque bastava acusarem uma pessoa para eu imediatamente defendê-la. E eu sentia o drama social com tanta intensidade que vivia de coração perplexo diante das grandes injustiças a que são submetidas as chamadas classes menos privilegiadas. Em Recife eu ia visitar aos domingos  a casa de nossa empregada em mocambos. E o que eu via me fazia prometer que não deixaria aquilo continuar. Eu queria agir. Em Recife onde morei até os 12 anos de idade, havia muitas vezes nas ruas  um aglomerado de pessoas diante das quais alguém discursava  ardorosamente sobre a tragédia social. E lembro-me de como eu vibrava e de como eu me prometia que  um dia  esta seria minha tarefa: a de defender os direitos dos outros. No entanto, o que terminei sendo, e tão cedo? Terminei sendo uma pessoa que procura profundamente o que sente e usa a palavra que o exprima. É pouco, é muito pouco”.

#ClariceLispector 💭📝
➡️”Aprendendi a viver”, @editorarocco, 2004

#blogentreaspas#leiamulheres#mulheresnaliteratura 🌹

COLUNA “Entre Aspas”

Jornal Tribuna Liberal de Sumaré pag. 12

Dica de Leitura: Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres

Dia 25 de julho se comemora o dia Nacional do Escritor. Esse dia foi escolhido pelo ex-ministro da Educação e Cultura Pedro Paulo Penido, em 1960, para homenagear escritoras e escritores brasileiros. A escolha dessa data deve-se à realização do I Festival do Escritor Brasileiro, patrocinado pela União Brasileira de Escritores (UBE), que ocorreu em 25 de julho de 1960.

Para comemorar essa data, escolhi um livro da minha escritora favorita, Clarice Lispector para a Dica de Leitura dessa semana. Essa autora nacional maravilhosa que escreveu ao Jornal do Brasil que “não se ‘faz’ uma frase. A frase nasce”, e que em resposta à pergunta “Por que você escreve” na única entrevista para a televisão que deu na vida, disse: “Por que você bebe água?”. Clarice era assim, nasceu pronta, já escritora e nos presenteou com livros que trazem reflexão e aprendizado, principalmente sobre nós mesmos. Nos faz questionar, põe o dedo na ferida e nos tira do lugar comum.

 “Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente”.

Este foi o primeiro romance de Clarice que eu li e confesso que amei logo de cara. A narrativa é simples e deliciosa e é impossível não se apaixonar pelas personagens tão extraordinariamente criadas por Clarice. A história vai te envolvendo aos poucos e você se vê totalmente cativado pelas dúvidas e questionamentos de Lóri, a personagem principal, que está perdida pois não entende direito o que é “ser”.

Ulisses, seu namorado e professor de Filosofia, tenta ajudá-la a entender esse mistério e como é agradável o prazer de simplesmente existir. Durante todo o desenrolar da história, ele a desafia para refletir sobre os acontecimentos, rotineiros ou não, de sua vida e a ajuda a descobrir quem ela é, o que gosta, quais são as atitudes que lhe dão prazer, o que a desagrada.

Clarice propõe a reflexão sobre diversos conflitos emocionais e usa de uma liberdade de escrita maravilhosa, afinal uma das características famosas desse livro é que ele começa com uma vírgula e termina com dois pontos.

E há tanto mais a dizer sobre esse livro, mas minhas próprias palavras não seriam suficientes, então escolhi um trecho da própria autora que falará por si só da qualidade narrativa e beleza indescritível deste livro:

“Olhe para todos ao seu redor e veja o que temos feito de nós e a isso considerado vitória nossa de cada dia. Não temos amado, acima de todas as coisas. Não temos aceito o que não se entende porque não queremos passar por tolos. Temos amontoado coisas e seguranças por não nos termos um ao outro. Não temos nenhuma alegria que não tenha sido catalogada. Temos construído catedrais, e ficado do lado de fora pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas. Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos.

Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo. Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda. Temos procurado nos salvar mas sem usar a palavra salvação para não nos envergonharmos de ser inocentes. Não temos usado a palavra amor para não termos de reconhecer a sua contextura de ódio, de amor, de ciúme e de tantos outros contraditórios. Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar a nossa vida possível. Muitos de nós fazem arte por não saber como é a outra coisa. Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada. Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos no que realmente importa. Falar no que realmente importa é considerado uma gaffe.

Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de nos lembrarmos a tempo dos falsos deuses. Não temos sido puros e ingénuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer «pelo menos não fui tolo» e assim não ficarmos perplexos antes de apagar a luz. Temos sorrido em público do que não sorriríamos quando ficássemos sozinhos. Temos chamado de fraqueza a nossa candura. Temo-nos temido um ao outro, acima de tudo. E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia”.

Leitura super recomendada!

Vou ficar muito feliz se me escreverem contando o que acharam da leitura!! E se por acaso quiserem alguma leitura específica, podem me pedir pelo email!! Boa semana e ótimas leituras!!

EVELYN RUANI
Bibliotecária e leitora compulsiva! Apaixonada por livros e palavras.
SERVIÇO
Blog: http://blogentreaspas.com
Instagram: @blog_entreaspas
Email: entreaspasb@gmail.com

MAY THE 4TH BE WITH YOU

#Maythe4thbeWithYou ❤️❤️❤️

◾”Quem é mais tolo? O tolo, ou o tolo que o segue?”
#ObiWanKenobi ❤️

Uma das citações mais famosas da franquia #SarWars, que se repete em vários filmes, é “Que a Força esteja com você”. Em inglês, idioma original da obra de George Lucas, a citação fica assim: “May the Force be with you”. Assim, era muito comum que os fãs da série fizessem um trocadilho com esta frase, dizendo “May the Fourth be with you” — traduzindo: Que o 4 de maio esteja com você.

Apesar da tradução para o português tirar o sentido da frase, é claro que os fãs brasileiro de Star Wars não deixariam de celebrar esta data que surgiu entre os adeptos de Chewbacca, Obi-Wan Kenobi, Hans Solo, Luke Skywalker, Princesa Leia e Darth Vader. Oficialmente, a primeira celebração do 4 de maio como Star Wars Day aconteceu em 2011, por meio de um encontro organizado por fãs da cidade de Toronto, no Canadá. A moda pegou e, desde então, isso vem se repetindo a cada ano.

O apelo da data se tornou tão grande que a própria Lucasfilms — e, agora, a Disney, atual detentora dos direitos sobre a franquia — possui um site especial em sua página apenas com material relacionado ao Dia de Star Wars. Textos, vídeos e fotos ensinam a celebrar a data, seja com a roupa certa ou com a comida ideal. Desde 2013, a Disney realiza uma série de atividades especiais em seus parques durante o Star Wars Day.

Então, que a Força esteja com você em mais um 4 de maio.

Fonte: http://canaltech.com.br

23.04 [20] ─ Dia Mundial do Livro

“Às vezes, digo que fazer um romance é o mesmo que fazer uma cadeira: a cadeira tem que ter quatro pés, tem que estar equilibrada, a pessoa tem que se sentar na cadeira e estar confortável, há uma estrutura e as coisas têm que estar apoiadas umas nas outras para que a cadeira não caia. E, por outro lado, se a cadeira, além de funcionar, de responder à necessidade que se tem, na hora de se sentar, de que ela seja sólida, puder carregar uma estética, puder ser bonita, bem desenhada, pois aí, sim… Mas tudo precisa de ser sólido, e o romance tem, do meu ponto de vista, que ter uma estrutura em que o leitor não diga “pois aqui falta algo” ou que se alongou excessivamente. Todas são partes de um todo que tem que funcionar de uma forma, no fundo, equilibrada. Talvez possa parecer surpreendente que eu diga que escrever um romance é o mesmo que fazer uma cadeira, mas isso só significa o espeito ao trabalho bem-feito: pode ser um romance ou pode ser uma cadeira, e quem diz uma cadeira pode dizer muitíssimas outras coisas”.


“Entrevista a José Saramago”, Biblioteca Nacional de Argentina, Sala Virtual de Leitura, Buenos Aires, 12 de
dezembro de 2000 [Entrevista a José Luis Moure].

12.03[20] – Dia do Bibliotecário

“Eu não seria quem sou sem bibliotecas. Eu era o tipo de criança que devorava livros, e meus momentos mais felizes quando garoto eram quando convenci meus pais a me deixar na biblioteca local a caminho do trabalho, e eu passei o dia lá. Eu descobri que os bibliotecários realmente querem ajudá-lo: eles me ensinaram sobre empréstimo entre bibliotecas” 

Neil Gaiman

Parabéns a todos os Bibliotecários que assim como eu, são apaixonados pela sua profissão e assim transmitem o amor aos Livros ♥️♥️♥️

07.01 [20] – Dia do Leitor

“Cada vez que um livro troca de mãos, cada vez que alguém passa os olhos sob suas páginas, seu espírito cresce e a pessoa se fortalece”.

. Carlos Ruiz Zafón .

Crie um website ou blog gratuito no WordPress.com.

Acima ↑

%d blogueiros gostam disto: